empurrados pela capitalismo
seguindo seus frios caminhos
Segunda pra segurar a vida no braço
carregar peso pra ganhar mínimo
dores fomes e homens mandando
Piadinhas dos superiores
no almoço sem tempo
com alimentos sem sabores
Terça para o terror se instalar
apreciar a falta de direitos
os medos e desejos proletários
As dívidas aumentam em juros
o futuro parece um túmulo
nome sujo atrasado no mercado
Quarta é o que parta o coração
desilusão que explora a mente
um patrão vindo com escravidão
Mais valia tentar sair e abandonar
mais se pergunta como filhos
poderiam então se alimentar
não pode sair somente ficar
Quinta desliza sua vida pra baixo
aos amargos pés a serem beijados
um aumento vazio só tormento
Descontado caso chegue atrasado
mesmo que trânsitos engarrafados
Sexta sem a mínima beleza
horas extras e cansaço adiantado
Bebe cachaça até ficar anestesiado
pela toda sua história no trabalho
a exploração que o deixa em retalhos
Sábado trabalhando até tarde
após longa jornada vai pra casa
Insalubre social violência policial
extorsão nas ruas por se parecer
com esses ou aqueles que vão morrer
Domingo cada pingo de lágrima
lubrifica a exaustão repetida dos dias
Tiros com barbaridades na comunidade
de loucos tanto do estado ou de marginais
Chora e se revolta com seu salário
fica antipático e depressivo ser vivo
A semana vai semana vêm
a exploração continua
eterna tortura até a sepultura
MonoTeLha
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