vi meu stress parar no sinal vermelho
Minha vida engarrafada pelos cacos
nesse meu olhar de túnel poluído
para fora do carro observo outros presos
nessas celas de pneus e buzinas
Olhei a lata do lixo cheia do eu
possui tudo de resto das embalagens
emocionais e fisiológicas desumanas
O eu em mil partes de plástico
restos apodrecidos de cadáveres engolidos
tudo aquilo que desperdiço
O trânsito não anda meu corpo reclama
Olho as construções enormes
vi pelas calçadas misérias ainda maiores
Dentro do carro com um pulmão cheio de catarro
percebo a poluição por todos os lados
sem o mínimo respeito aos seios
estuprada mãe natureza destruída vida bonita
Minha vida engarrafada presa numa ambulância
sem poder passar sem poder se alegrar
estático e pálido sem me mexer
engarrafado meu coração agitado
corpo parado dentro desse carro
sem poder sair ou seguir
MonoTeLha
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