sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Ódio




Sinto todo o corpo ferver
a raiva tomou conta do sangue
o coração quer pular de ira
com tudo que se passa nessa vida

Sentindo nojo enojado repugnado
ricos humanos ridículos egoístas
querem tudo ter e não dividir
despertam as raízes do ódio

Militares e seus destroços chamam
para ir a guerra gastar munição
servir uma nação obedecendo o chefão
pra caso volte se arruinar de dor
cheio de lembranças trágicas e dolorosas
Descobrir que foi usado como massa de manobra
fazendo explodir de tanta raiva por dentro

As guerras e todas as patifarias por lucro
os mortos no chão a cada pedaço de terra roubada
história das colonizações e hecatombes assistidas
miséria pelas vias de todas as vidas assassinas

Escolas migalhas que só reprovam
não ensinam nada além do vazio
o triste dia frio nas ruas

Mentiras da sociedade imbecil
todas as pessoas têm a mesma chance
mundo justo e honesto pago aos bancos

Gritando de ódio por dentro
as injustiças se espatifam nas instituições
mães agonizam e filhos apodrecem

Um tapa na cara da polícia me desculpe
não foi você apenas um cara de cor também

Ridicularizado pela opção sexual
sendo espancado e humilhado
quando não morto por um desgraçado

O ódio é carregado pra frente
empurrado pelo seu peso pesado
vai sendo criado no dia a dia
brotando a violência em fúria

Ódio nascido e criado
mantido e reproduzido social
não é querido nem desejado
quando o alvo é o estado
ou um monte de burgueses safados


MonoTeLha

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