quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Destrato





Vão cuspindo em nós com salivas ácidas
chuva corrosiva já bem antes na cabeça 
após isso apenas desprezo 
um ônibus uniforme caro e lixo
uma cidade engarrafada de vazios solitários
agonia buzina lucrativa
caminho escravo sujo de migalhas
restos e raspas salários

As línguas de poder capital gritam para doer
toda ordem autoritária imposta com vírus
 veneno velho gratuito
leis com mofo

Nós os pobres amarrados
torturas de carne moída
presos pela miséria mental dos ricos
debatemos e bizarros nessa estrada
apodrecemos em sede química
uma fome regada com agrotóxicos
Oh rio proibido dos direitos

Muitas portas na cara
recursos negados juntos como cupons 
moedas que não valem de nada a cobrir frio
são invernos de tua merda de inferno criado
casacos queimados de indiferença
arrogância social
extinção humana e cia 

Gritam palavrões cifrões sujos
a festa do dinheiro aos poderosos começa
depois vêm o hospital que faz adoecer pra deitar
antes a escola sucata enferrujada
loucura induzida TV assiste
copa imundo inumano desalojo do coração
proibido morar na casa rua
triste obrigado a sorrir

Prato de lixo alimenta o câncer
signos de astros em destruição
comerciais de robôs elegantes na internet
câncer mental com cela em bangu III 

Eu deprimo com comprimido
drogas individuo álcool corroí
um açúcar de brincadeira
conservantes e cor artificial 
doenças com boa noite
pesadelos de solidão coletiva

Problemas de matemática 
sociologia amante de ciúme 
misto de grosseria e machismo
vêm espancar na surdina
luz com filme
ação inércia cine 
inocentes acusados
violentos despreocupados 

Geografia testemunha
física do agredir 
analfabetismo escolar universitário
ser livre é proibido se defender
vá para a prisão banco imobiliário realidade

Gritar sabor choro no corredor não ligam
são máquinas programadas para comer fezes
emoções sinceras são artigos premiados
nojeiras medonhas super assalariadas
que vão sugar até se fazer leis de livro de mortos

O corpo não paralisa a tristeza e a revolta
caminhamos em tua cova rasa e de todos populares
vamos a um dinheiro para ir viajar ao vazio
encontrar areia e terra amiga
leito deitado
suspeito um suspiro fim
descanso
sem sonhos ou amores






domingo, 9 de fevereiro de 2014

Queda






Borda do abismo
beirada perigo
passos para dentro
vida desespero
coração cansado
cérebro sério em dor

Dias sem fim
fio navalha das horas vazias
noites pesadas que magoam
segundos pedindo acabar

Por favor
se for sem  liberdade amor e carinho
destrua a justiça 
traga suicídio com gelo
garçon
duas estricninas 

Pendure botas
pregos vastos na esperança
rasgue minha roupa super herói
queime  florestas sonhos
deixe ciente o vento
voar no abismo