desabafo o horror dos fatos
me ardo nessa esfera contaminada
descrevo o que vejo no imundo inteiro
nos restos de florestas e nas cidades
em suas frestas e feridas abertas
solto meu grito condenado
indo direto ao fracasso
sempre perdendo o tato
Solto as palavras ferozes para ferir
a mim a ti e a todos com a tristeza
espalhada aos pés dos ouvidos
na ponta de olhos na multidão
letras pesadas de carregar
Digo em pânico e com medo
do que perdemos o tempo todo
do roubo e da morte pela omissão
que somos personagens dessa literatura
desgostosa produzida no meio da perdição
máxima amargura da derrota humana
pelas escolhas desumanas contínuas
Vomito pra fora o horror
não é bom saber nem ler
mas não se compara ainda
com o triste fato de viver
na beira desse precipício
MonoTeLha
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