quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rua Maldita





Uma rua chamada proibida
ela é negada e errada
não dá em nada não há algo ali
de bom para tu nem pra mim

Uma rua pra chamar de sua
pra correr dos muitos tiros
cair no seu chão confortável

Uma rua direta ao vazio
onde passa um rio
em janeiro transborda
pelas bordas o esgoto

Uma rua cobertor para o frio
um espaço para fritar ao sol
local para sentir fome e sede
passar muito mal na sujeira
gastar a vida inteira nela

A rua dentro do coração
passando pessoas pisando
cuspindo e xingando


MonoTeLha

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