domingo, 27 de janeiro de 2013

Incêndio







Entre os cacos do caos
nossos corações em pedaços
correm nas cinzas do tempo
todos pisoteados pelo cruel fim
seguem um rio grande que vêm do sul
feito por lágrimas tristes

Sem santidade apenas Maria queimada
inquisição capitalista
trágedia no meio da festa
jovens assim vencidos

Incêndio de matéria prima
dinheiro inflamável organizando
intoxicação e portas fechadas
despreparo de sempre
princípios rasgados junto das vidas 
aos montes nesse chão de dor

Boate sem boa noite
música da marcha fúnebre
namorados morrem abraçados
celularem que tocam até as vísceras
 chamadas perdidas para sempre

Incêndio mundial
favelas que ardem
capitalismo maldito
ausência de amor aos indivíduos
o perigo da vida em desperdício
queima também meu coração 
aflito morto vivo triste
sentindo toda morte e feridos
sofrimentos de horror indigno






Nenhum comentário:

Postar um comentário