Escolha seus amos
o do amor a não lhe amar
apenas o egoísmo a si
com quem fala cale-se
Como se comunica mude
obedecer o falso carinho
viva propriedade amante
horror enamorado
ciúme perverso
poesia fúnebre a dois
Os amos amizades
quem andar em afinidade finita
ideia e crosta de desunião
falsidade da companhia
trair com quem andas
companhia indigna
Os amos do trabalho
tripalium cotidiano
a sair sangue dos olhos ao lucro
obediência de horário tortura salário
chefe chefia patrão
destruir o mundo
acabar consigo
Amos de toda sua vida
família que lhe escraviza
como ser e o que ter
obedece ao teus pais
monstros repetidos
Ser a família moral
ter e mandar nos filhotes
Destrua seus sonhos
obedeça a cidade
arraste seu corpo
ordens que lhe mordem
Arrase a própria vida
respeite a lei do líder
o governo do vespeiro
Aniquile a vida alheia
guie ela a seu favor
mande nela
ensinando ela amar o amo
Almoce mentiras industriais
governe seu próprio corpo sendo tirano
arrancando a saúde
chute como bola de corpo
Atropele os animais
coma os bichos encarcerados
sabor tortura repugnante
Durma o sujo da consciência
o cérebro mandando no corpo
com o lixo torto em vida
Desacredite no organismo
olhe o relógio presidente do tempo
primeira máquina amada
o amo da ditadura temporal
Morra em vida
côrte marcial
exército exercício de guerra
nação e triunfo do vazio
A destruição é a lei
esqueça de tudo de ti
lembre da ordem
siga em frente ao abismo existencial
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