A meteorologia se anuncia
letras garrafais imperceptíveis
a chuva de lágrimas vai começar daqui a pouco
o chuvisco envergonhado já cai
A previsão é uma tempestade
alagará as ruas do sentir
deixando sem luz interior
Sinais do tráfego racional
vão se quebrar em um vermelho
para batidas de veículos cegos
Árvore genética arrancada
pela força dessa água
correnteza forte de tristeza
em meio a indiferença alheia
em meio a indiferença alheia
Nuvens doloridas carregadas
vêm chegando de ônibus urbano
oriundas de subúrbio do mundo
Gotas pesadas do silêncio fúnebre
somados aos ventos fortes depressivos
com raios elétricos no corpo desanimado
se manifestam perto das montanhas de lixo
Coração alaga
cérebro afunda
tudo lubrificado pela dor
Trovões do choro em agonia gritado
ecoa no vazio do nada
dessa cidade fantasma
É a chuva de lágrimas
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