Dançando sozinho
abraçado ao vazio
suaves passos dados
nesse salão mundial
Nu de oportunidades
vestido a caráter com trapos
a humanidade se balança
Giro em ruas
levando ao ali e aqui
a música que toca na mente
um coro de lodo sonoro
Notas populares dos gritos
instrumentos musicais da tortura
acompanham a sincronia de vida vazia
Dança na multidão
sólido isolamento
confusão das gentes todas
Solitárias companhias
espalhadas pelos cantos
no baile da existência humana
As vezes toques fortes
aos frágeis sentidos passos
nessa estranha e perdida
nessa estranha e perdida
dança da caixinha de música quebrada
Existe mais corda a ser dada
coturnos usados
um balé urbano em vazio devastado
dança do animal humano
bailarino solitário amargo
triste sozinho lado a lado consigo
A dança beira abismo
perigo de todo dia
lido o risco
dizem-me morrer é preciso
Companhia de dança de um integrante
se apresenta em todas as feiras
segundas até sextas
domingos e sábados
Sem descanso a dança
segue sozinha
me balanço nela
Ela é vida
amarga todo dia
triste sozinho lado a lado consigo
A dança beira abismo
perigo de todo dia
lido o risco
dizem-me morrer é preciso
Companhia de dança de um integrante
se apresenta em todas as feiras
segundas até sextas
domingos e sábados
Sem descanso a dança
segue sozinha
me balanço nela
Ela é vida
amarga todo dia