aumentando a literatura da miséria nua
a cobrir a terra devastada de nossos dias
os seres totalmente desprezíveis se olham
vomitam vontades não exercidas
É terminantemente proibido o prazer
nenhum lazer que faça a pele viver
estar na vida apenas para sofrer e morrer
produzir ao abastado e desaparecer
Ir para a fábrica verdadeira prisão
alucinação gratuita de bebidas
um ferro feroz passado nas feridas
o presente sempre sem futuro
A chatice repetida da morte assistida
dentro de uma tela fria tida como carinho
são proferidas sinistras sentenças e vazios
simplesmente apertam os botões de lágrimas
o cérebro chora dentro de um quarto
o pânico abate no matadouro as crianças
O mundo humano segue sua rotina
a ferida é requerida e ganha sem burocracia
a dor povoa todos os duros corações
as multidões se dilaceram em si
perdidos indo de encontro ao vazio
MonoTeLha
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