por um carro passado em cima
com suas rodas de crueldade
a antipatia como combustível
guiado pelo monstro social
Lágrimas molham bicicletas
entortadas junto aos corações
o chão com sangue derramado
é a desgraça pela rua lavada
O acelerador do carro
é a peste no corpo da vida arrancada
há um vomito de lixo fétido
jogado na direção da esperança
A multidão toda faleceu
a via inteira se perdeu
as pessoas dos prédios
o trânsito de carros ...
O poeta também morre ali
se feri e sai de coração despedaçado
Sobram as carcaças e rastros
os danos espalhados pelos cantos
gemidos de dor e pura revolta
O pessoal da bicicleta atleta
o cara assassino do carro
a rua poluída e cinza
compõem as vias indignas
da triste vida de cidade maldita
MonoTeLha
também sentimos com nossos corações de concreto em vias coronárias...
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