terça-feira, 6 de julho de 2010

Solidão




Isolados pelos cantos

desunidos junto com cifrões
agonizando cada um
em cada parte
no labirinto a céu aberto
sem saída pelas marginais
nem entradas pelas vias principais
a cidade é uma prisão

Os seres de raciocínio avançado
vão indo ao buraco
quartos e salas vazias
esquinas solitárias de cada centímetro
das mentes quadradas
vidas fechadas
nazistas exibem suas fardas
fascistas babam em cima delas

A polícia passeia
o comercial exibe-se como carniça
as crianças fazem sabão perfumado
com cadáveres de seus amigos

Festas para as guerras
banquetes de fome
enchimentos embriagados
da cara com esgoto
atrações variadas na cidade
cumplicidade ao que é errado
réles e podre


Dentro dos corações
batimentos estúpidos
afogados em mágoas
sem salva-vidas
já pré-mortos e esquecidos


MonoTeLha

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