terça-feira, 13 de julho de 2010

Impossibilidades





A vontade de querer
melhorar
esbarra na impotência
num fato de não poder ajudar
vendo o problema aumentando
e as chances diminuindo

A enxurrada de atrocidades
coloca a porta abaixo
entra sem pedir licença
com excrementos até o pescoço
basta pouco para estar morto

Mesmo sem jogar papel no chão
lá vem a inundação

Mesmo sem fumar
o pulmão está sujo
sem poder respirar

Mesmo querendo amar
a solidão vêm se ajuntar

as armas só atiram
As impossibilidades ardem
invadem e não partem
Agora não dá mais tempo
estamos todos no sofrimento

vivendo no relento
molhados de chuva ácida

A vontade de viver vai se transformando
na horrível sensação de morrer

Os filhos passam a vomitar o sangue do mundo
os animais ficam pulando de mísseis
os idosos se desfazem de repente

A conduta da destruição levando o mundo
como pais que podem levar seus filhos para escola
Como problemas que transbordam
para fora de altos muros

A solução não vai entrar
pois foi expulsa pra não voltar
A esperança jaz enterrada
O sonho morre de fome
e a vida de sede





MonoTeLha

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