Lixos são feridas
permanentes do amanhã
e não cicatrizantes no hoje
Passeiam nas classes sociais
toneladas de misérias contaminantes
Todos os dias doem bastante
sem remédio
sem mistério
O horror impuro dado de presente
destruindo o futuro
Aniversários diminuindo
pessoas e bichos
cada vez mais cedo indo
morrendo e perecendo
Turismo na cidade fantasma
com estátuas sorridentes
num frio congelante do calor desumano
embaixo o lixo segue voando pelos espaços
contaminando a vida que sobra
Brota a bruta flor da morte
Tudo se esquece
se perde na transformação
destruição da natureza
A morte escolhida enfim
biodiversidade no fim
MonoTeLha
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