sábado, 25 de abril de 2009

Kaos com K






Catástrofes da natureza 
dançam em vias mundiais
aumentam com ajuda artificial
dedo humano na ferida
 poluições dos anos
dias de lucros velhos
enfiados goela abaixo
garganta da organização
ritmo destituído

Aniquila florestas
árvores de natal feita com plástico
petróleo retirado da terra
papai noel foi embora no furacão

Derreter as calotas polares
geladeira de coca cola sem água
vida jogada fora
comércio de sorriso lindo
 prejuízo para o litoral sumir
o mar diz boa terra
entro na casa de chinelo
sujo de fezes

Alguns podem começar
a desistir da partida
jogo de azar no caos que ganha

Queira tudo possuir
o lixo é todo seu humano
lhe pertence junto ao cartão de visita

O mundo vai se destruir
conforme foi ordenado ao computador
ordens são ordens
máquinas não ligam para lágrimas
meu amor não me ama
eis o sinistro ruir

Como ele esta com certeza
não vai mais assim ficar
ele vai procurar algo
uma brecha da prisão
para parar o coração
eis o sexy suicídio

Catástrofes sem solução
confusa leitura bêbada
usina nuclear esquentando
não querem que mude
a situação pois mais energia
é preciso todo dia

Apenas pseudos melhoras
que estão acontecendo raras vezes
vão acabar como bebida aos alcoólatras 
não temos um belo depósito eterno
muito menos infinito benigno

Estudantes dos deveres de casa
 futuras gerações vindouras
vão ler decepções escolares
as meninas e meninos
vão se olhar no recreio desorganizado
 abraçando e chorando
corpos nus atômicos







Cientistas anti existência




Certos cientistas
fazem tudo errado
Mandando o mundo
para o abismo
Tirando o equilíbrio
dos trilhos

Cientistas nucleares
criando armas
para mandar tudo
pelos ares

Cientistas militaristas
pestes genocídas

Cientistas criando doenças
vendendo sentenças
covas mundiais
anti existenciais

Muitos cientista$
são animais irracionais
debimentais

Ciência mal utilizada
usada em larga escala
atrás de pensamentos
de governos em ação
para armamentos
deixando tudo em remendos

A vida repulsa tremendo
Certos cientistas
não tem noção
de um dia no laboratório
e no mundo
tudo acabar
numa enorme explosão




MonoTelha

Racismo humano




Racismo preconceito
ismo principal do meio social
Negros
apenas nas capas
do noticiário policial
Brancos
cem por cento
nas revistas de estilo de vida
Negros
ganhando muita dura da polícia

Somente branco
respetável cidadão
Negro somente
humilhado torturado

Lamentável situação

Tão podre quanto
o racismo
dos negros para brancos
igual podre total

Racismo histórico
econômico e social
Desigualdade
nos quatro cantos da cidade

Alarme se há rebelião
querem todos mortos
se existe inconformismo
Racismo eixo principal
do mundo desigual
pronto para explodir
e ninguém mais existir



MonoTelha

Tempos difíceis





Vivendo num mundo perdido
sem vida e destruido
sucateado desprezado
com as espécies extintas
que são frutos de nossa lida

Nos é dado um espelho
e é tocada a ferida
dizendo que estamos
todos de saída
por nós mesmos
se expulsarmos
de toda maravilha
da vida bonita
que matamos sem parar
que ferimos sem exitar

Na enorme maldade
gerada pela crueldade
da falta de amar

Não deveria se reclamar
do poetizar com o lixo
que somos nós mesmos humanos
que tudo fizemos

Nos confins de leitos
antes de dormir
no pensar dos feitos
percebemos
que somos assassinos
de tudo e de nós mesmos

Botamos a cabeça no lugar
e vemos onde o mundo
foi parar

Tempos difíceis
os nossos

Enquanto durarem
esses sinistros tempos
deveremos aguentar
sem muito dengo
o grande auto tormento
que como abraços e beijos
enamorados antes de dormir
vieram para ficar
até a espécie acabar



MonoTelha

A aula





Na aula li sobre a guerra
era um texto de história
de uma triste memória
sobre uma época
onde a imbecilidade
predominava

Onde a tirania acabava
com a vida

Sobre uma guerra
em uma esfera
longe daqui

De uma espécie
que entrou em extinção
de seres humanos
que se arruinaram
em uma burra destruição

Na escola em aula de história
que chorei ao ler . . .

Na escola do meu planeta



MonoTelha

Miséria final




A fome tem fome

Não há comida

apenas uma ração
cara é vendida

A sede tem sede

Não há água

apenas garrafas
poucas e caras

Não há plantações
que supram
as multidões

Não há nascentes
que tirem a sede
das populações

E a guerra estoura
seca e esfomeada
que não para
a corrida
pela comida
pela água
que não se têm

Já se acaba
numa enorme
verdadeira miséria
que por todos
os lados se espalha




MonoTelha

Esporte na morte




Peixes fedidos boiando
que se esbarram
no velejar sincronizado
em esgoto in-natura
da Baía de Guanabara

Seres com a genética modificada
multi contaminada
regada aos metais pesados
por todos os lados
das indústrias e sujeiras
que atacam a vida

Esta aberta a temporada
dos esportes olímpicos
na merda do lixo
com mortes de bichos

Valas de esgoto
para pular
no salto com vara

Venha participar
das várias modalidades
para se dar mal

Traga sua máscara
e proteção total

Quem sabe ganhar
uma taça de destroços
no meio de tantos
seres mortos



MonoTelha

Música hipnótica




Música controlada
Jaba rádio censura
tem que falar
só de amar

Tem que ser
comercial
Vender para os animais
ideias todas iguais

Massa de manobra
sons hipnóticos
em mensagens subliminares
para na cabeça entrar
junto com trastes
qualquer coisa aceitar

Música controladora
formando bonecos
marionetizados governados

Fás robóticos
dançando na boca
do moedor de carne
cada corpo que cai
faz barulho

na caixa registradora
no açougue musical
do cenário mundial




MonoTelha

Progresso Capital





Revolução industrial
progresso humano animal

morrer a vida virar máquina
destruir pra subir
em um pisar no outro

Liberdade capital
o mais forte
submeter
o mais fraco
pra ter poder
e dizer como
na vida tem que morrer
para mais lucro se ter
e até a máquina obedecer

Apanhar do relógio

ponteiros do imundo inteiro
respirar a fumaça
triunfo econômico
em ruínas do planeta
Conseguir na cidade
sobreviver ou morrer
pra fazer uma minoria
de dois porcento
ter tudo no planeta
pro umbigo encher
e acharem tudo lindo

Serem inimigos do resto do mundo
vendendo e arrasando

destruindo tudo



MonoTelha

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Neo merda





Governos neonazistas
todos fascistas
matando gente
Hierarquia homicída

Bancando o superior
comportamento inferior

Sendo um lixo
mundialmente reconhecido
Armas a todo vapor
imbecilidade nacional
irracional valor
destruidor amargo

Ditadura do rancor
que quer pisar mais
em quem não for da pátria

Dar novo campo concentrador
matar trucidar
com potência nuclear

Devasta o mundo
pra poder roubar
o que sobrar




MonoTelha

Piadas série luxo





Piada da constituição
que nenhum governante
vai para a prisão
Se não hover hospital
mesmo matando cidadãos
ganham é previlégios
de montão

Ah, e pra descontentes
do povão ganham
o código penal em ação !

Piada da constituição
nenhum governante
dar educação
pelo contrário
fechar escola
e enviar geral no camburão
fechar escola
e abrir cadeia hiperlotada
e aplicar código penal reclusão
ganhando é dinheiro
de montão

Tudo garantido
pela piada da constituição
Já nas livrarias e melhores bancas
a piada da cosntituição
e pro povão
o código penal em ação!




MonoTelha

Férias iluminadas




Dicas de lazer
passeio pelo campo
todo minado
com vista
para a cova rasa
apreciar
a montanha
de mortos

Atração turística
deformações genéticas
atômicas
Fotografias como
imagem de pintura
de guernica

Poses gratuitas
ao lado
de crianças anencéfalas
aniamais colados
Terreno iradiado
momento iluminado
alta radioatividade

Passeio com roupas
bonitas e laranjas
especial da moda
para uma voltinha
sabor raios gama

Pacote de férias
traga sua família
Venha se contaminar

Vagas abertas
para liquidador atômico
com todo conforto
Venham logo homens



MonoTelha

S P



Vento da poeira no rosto numa vida cinza
Vão dos prédios perto da cabeça
Uma chuva ácida desrefrescante
Corrosiva lida de todo dia

Trágica manhã tarde noite
Total açoite Neurose coletiva
No trabalho de mais um dia

A miséria vasta e alastrada
Não há o lazer
Coisa saudável a fazer
Caminhar sem exatamente respirar

Pés imobilizadosno concreto eternizado
Viadutos de gordura
Cidade necrópole

Massa de pessoas robóticas
Numa enchente de problemas
Cidade labirinto
Um lugar sinistro
São poluição
S P capital

Cidade dos jardins
apenas nos nomes
muros e pontes
esgotos
apenas sobrenomes
Tietê Pinheiros

Enjoativos cheiros de seus trânsitos
Inteiros longos e circulares
engarrafamentos até a boca
Lata de sardinha
o coletivo em dia normal
 
São poluição
São prédios e carros
São esgotos e indústrias
S P capital
poluição total



quinta-feira, 23 de abril de 2009

1984



Big brother
grande bosta televisional
achar o máximo
vigiar e punir
Rir de si
Policiar e condenar

Reproduzir
o que vê na Tv
na rua
no trabalho
na cama

Big boçal burguês
Feliz programa
no controle da cabeça
apoio da máfia dominante
controle da mente

tornando seres
em dementes

Fazer o povo querer
refazer
por uns instantes
o que chefes de estado
fazem com geral

Lavagem cerebral

Eterna coturnada
na cara

1984
realidade
global






MonoTelha

Infeliz ano velho




Um ano novo
pra esquecer
o do passado

Do que foi roubado

De quem foi assassinado

Um carnaval
pra se embreagar
pro ano começar
e alienar

Depois um monte de datas
blá blá blá
pra você comemorar
e gastar

Um dia do soldado
pra acreditar
que é bom marchar

Um aniversário
pra mais perto da morte
ficar

Num natal
festa cristã
Comer cadáver
ver a cruz
achar tudo luz


Fim do ano
começar
outro ano novo
e esquecer
de novo
que esta vivendo
tudo novamente




MonoTelha

Dia do pagamento




Pagar a crise
pessoas livres
que não são

No seu obrigado
levantar
num mentiroso
bom dia
sem nada reclamar

Nem acredita
num algo de si


O alarme toca
e há obediência

A chibata come
e há elogio
ao patrão

A polícia mata
e há eleição
reeleita

O governo trucida
e há curativo
sendo vendido

Se não quiser mudar
e revolucionar
É só pagar com a vida
Basta acreditar
nisso aqui que está
escrito e que pode ser visto
ao vivo em tudo que é lugar




MonoTelha

Fordismo Letal





No sistema
tudo é repetitivo
réles e podre

Sente-se seus odores
de carniça
que nele
dança
numa sinistra
música
de guinzos eletrônicos
auto-explosivos

Sistema humano
tudo que é
autoritário
fútil
e extintor

Sistema humano
no seu existir
que vai
se auto destruir




MonoTelha

Idosos




Trabalhar até estourar
em doenças sem nada receber
só ter mazelas nas pernas
e alguns centavos
pro remédio na sala de espera

No banco da praça se avalia
o que fez toda vida foi o trabalho
para os outros enriquecer
 
Agora tido como destroço social
o que se tornou agora foi um idoso
entulho arquivado

Nem um lugar do ônibus
se senta e descansa
pois ganha no máximo
é a chance de ser atropelado
após ser cuspido do coletivo
 
Maltratado no arrasto das filas
para receber esmola de aposentadoria
migalhas para seu resto de vida

Antes explorado
agora humilhação
o velho idoso
tratado como estorvo
sofrendo mais um pouco




Calorosa frieza humana





O frio da rua
no inverno
é o verdadeiro
inferno
na metrópole

Moradores de rua
moram nas dores
morrem de dores
Pobres, negros e brancos
retirantes que nada têm
Doentes e dementes
nenhum instante
de tranquilidade
crianças mulheres
homens e idosos
perseguidos

Alvos de neonazistas
atingidos
por playboys
homicídas

Frutos de políticas de governos
hecatombe planejada

No frio da humanidade
aquecem os seus corações

Dormem no relento
do carinho humano

Pessoas de rua
todas nuas
das oportunidades
em todas as partes
das cidades




MonoTelha

A Dita Bela





Ditadura da beleza
ter a medida certa
e se entupir
com cosméticos
da nova era

Estética a todo custo
aumentar o busto
lipoaspiração e depilação

Ficar magra cadavérica
andar na esteira
comer só umas besteiras

Ficar no top
modelo de ser
mesmo feia
pra si
mas bonita
para os outros

Fazer plásticas
emagrecer
só água beber
talvez um dia
aparecer na Tv

Mas depois feia
apodrecer e morrer



MonoTelha

O roubo




Não se pode viver
mas também
não se pode suicidar

Não é permitido se drogar
seu corpo não é seu

Não é permitido jogar
seu corpo não é seu

Não é admitido gay
nem música ouvir
ah e assim
não se pode vestir

Seu corpo não é seu
É deles

Se não fizer tudo certinho
igual um robozinho
de problema social
vão lhe chamar

Se tiver tatuagem
é errado

Se gostar de arte
é louco

E não é permitido ser
você enquanto ser

Tudo que você
quiser fazer
não vai poder
É proibido

pois

O seu corpo não é seu
o seu corpo
bem
o seu corpo
é deles




MonoTelha

Luta Gay






O gay assumido
que querem que suma
fique fora da boa hora
em sua opção lhe  excluem 
buscam morte e perseguição
mas é ser histórico
está nas páginas do tempo
livre como vento

Ser gay que assume
que querem lhe cuspir
com lixo de ódio vazio
mas é vida vive a beleza todo dia
 prova existencial do carinho na vida
inteligências
beijo delícia das vias
querem numa ilha
isolado ser solitário
mas ganha união abraço total

Gay viva o ser
direito lindo liberdade no seio
batida de coração igual hétero
bicho do carinho caminho

Opção sexual individual
orientação de mesmo ser
com o nexo da vida
ter e viver fazer o que querer

Sociedade preconceituosa
hipócrita repressiva religião
 gay embaixo dos panos da moral
mas combate quem mostra
a cara lavada gostosa
de quem goza
a toda hora






Dívidas




Compre bem compre mais
Comprar para estragar
os eletrodomésticos
e se endividar

No crédito pessoal
adquirir finanças
e mais dívidas
Vida dividida
entre pagar
e se endividar


No consórcio do carro
pagar parcelas
mudar do coletivo
para o automóvel
e continuar
olhando pela janela
o engarrafamento
e novamente
endividado

Nas festas de fim de ano
comemorar e tudo gastar
só resta a sobra
e as contas

No fim da vida
um caixão paga
e se deita
como herança
para a família
e continua nessa vida
um monte de dividas




MonoTelha

(Re) Jeitos humanos




Lixo no chão
lixo humano
dos manos

Lixo no bueiro
lixo no mundo inteiro
Dentro do mar
dentro do lar

Lixo atômico
irregular

Lixo quimico
nos rios a vazar

Lixo no ar

Lixo em tudo
que é lugar

Lixo na TV

Lixo em você

Lixo ser você
por nada fazer





MonoTelha

Via miséria




Viaduto do governo
na parte rica da cidade
obra milionária

Pessoas com tudo
em cima carros de luxo
contudo
Pessoas sem nada
em baixo
com cantos cheios de lixo
seus pertences

Viaduto do de$vio
postes invisíveis
mantém a via
corrupta em dia

Viaduto da miséria

programa de habitação
barraco urbano

Viaduto imundo
da cidade imunda

Viaduto submundo
Meu mundo
Seu mundo

Em cima
ou embaixo

Nosso mundo




MonoTelha

Música Suburbana





A revolta do rock
numa ação rasgada
em mente jazz
formando letras
composições
dos jovens
cheios de dor

Um mundo cheio
de Blues
Sentimento e batimento
hard core


Rap pra conscientizar
o protesto rolar
Para a história
dizer
seus ódios
suas vidas
suas perdas

Para todos os lados
para todas as esquinas

As músicas em ritmos
de seus corpos

sonoros destroços
do mundo

Da revolta
da mente
da ação

dos jovens




MonoTelha

Fronteiras


Não é permitido
sair
e também
não se pode
entrar


Na fronteira o controle
vai te parar
Na guerra vai te deter
quer que você
fique pra ser detonado

Logo os amigos
todos unidos
vão para o outro lado
para não serem carimbados
mortos ou aprisionados

O único problema
(aeroporto bombardeado)
esta esmagada
minha linda
namorada

Um pedaço de mim
fica
na fronteira invisível
de um mundo
cheio de fins



MonoTelha

Mac Doença




Mac donalds
vendendo
suas mac merdas
fábrica de balofos
enchendo o bolso

Mac morte
hecatombe animal
maior devastação global
tortura nos bichos
pra depois jogar no lixo

Mac floresta desmatada
destruição do meio ambiente
pecuária retardada
anti - salada

Mac dia infeliz
365 de contaminação
com um especial
de enganação total
Mac câncer
uma mordida
e uma Mac morte



MonoTelha

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Final festival sexy extinction





Uma ogiva
atômica
de calcinha
com rendinhas

Sexy extinção

Sons melódicos de baterias
anti aéreas

Um mísssel
intercontinental
de smoking
azul real

Sexy extinção

Rítmicas metralhadoras
soando
Crianças cantoras
berrando de dor
Exércitos verdes
se trucidando
na floresta

Olha que festa
sexy extinção bombando
Rolando a noite inteira
Vai até de manhã
sem amanhã




MonoTelha

O sinal





O sinal abriu
passa
o lixo tóxico
o rabecão da chacina
e a carrocinha anti bichos


O sinal fecha
passa
pedestre
sem perna
tiro de fuzil
Uma criança
cheirando cola
pedindo dólar

O sinal abre
Passa
monstrorista latrocída
polícia assassina
e gente do governo
genocída

O sinal fecha
e realmente
ninguém
passa
Simplismente
é só desgraça





MonoTelha

Notícias do Front




Destruição da realidade
arde em chamas
na cidade que inflama
correria na agonia

Não há saída desse pesadelo

a vida se torna guimba em cinzeiro


O caos tomou conta
nada vai impedir
o ódio de existir


Barbárie na cidade

há muito sua cabeça

não vale nada

Destruição da realidade
não há vias
nem vidas poupadas


Só Carcaças
pessoas vivendo agora
como bois em touradas


Agora tudo que cai
são existências arruinadas
Terceira guerra mundial
miséria total


Vivos até quando
sem saber
somente se tem noção
é da pele arder



MonoTelha

Garça Mutante




Os cuspes vomitos e merdas
esgotos das cidades

caldo de indústrias
lixos variados das ruas
são componentes da comida
mutante garça branca

Nenhuma lágrima
ela derrama

Neo urubu
amiga da barata
conhecida dos ratos
prima dos pombos

Menina forte
nas valas bem cedo
já tomando café da manhã

Parece não ligar
se suas penas brancas
ela sujar


Parece ser
de outro lugar
tipo um robô
da indústria
comprado pelo governo
Como instrumento de enganação
pra dizer que eles
estão a preservar

Garça mutante
suas penas
ainda vão brilar

Vão dizer
que é arte

Vão dizer
que é sorte

A garça mutante
de tanto
lixo ingerir
Ela ainda
vai nos engolir




MonoTelha

$aúde Industrial S.A


Indústria farmacêutica
fábrica de doenças
efeitos colaterais

Lucros exorbitantes
anuais
com a desgraça
da galera
Na fila de espera
da melhora
que de fato
só piora
Pra mais caixas
comprar
todos os dias
se vicia
destrói sua vida

A indústria farmacêutica
quer você
te vende
pro seu corpo pseudo viver
e eles só enriquecerem
e no fim
você

(devido eles)

morrer



MonoTelha

Mundo louco sóbrio contemporâneo





Não se pode + perder
nenhum segundo
do relógio do mundo

A crise econômica
do sentir
A fome de beber
Nem a sede do comer

Estamos indo
pro supermercado
pra ele nos furtar

Na especulação imobiliária
nos vamos morar

Chupar balas de AR-15
no Cosme Damião

E num enorme lixão
nossa saúde com o doutor
vamos consultar

Quando tudo parecer
sem sentido
vamos vomitar o almoço
pra janta rolar

Mundo louco sóbrio contemporâneo

Não se pode + perder
nenhum momento
desses horríveis
dias de sofrimento

Na cadeia se liberta
No enorme tédio se anima
Num enorme engarrafamento
de autos querer correr

E quando tudo parecer
sem o mínimo sentido
Vamos amar
o odiar
Se separar
de quem se queria
junto estar

Muitas balas de AR-15
se chupar
se rasgar
e finalmente
no tiroteio
se matar



MonoTelha

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bancagiota






Bancos agiotas
e suas financeiras
Design de geladeira
frio coração
capitalismo em ação

Bancos e juros
deixando pobres duros
sem futuro
Para os ricos
uma bela conta
pra viver armado
e cheio de insegurança
com suas posses
e heranças


Frigorífico de pessoas
liberdades credoras
Dever a vida
pagar com a sepultura
Eis um mundo
vivendo em tortura
Bancos ladrões
de pessoas
todos numa boa
matando gente a toa



MonoTelha

Alarme de fuga




É preciso correr
no toque de recolher
temos que se esconder

Fuga
formação urbana de guerrilha artística

Sobrevive resiste
organize sem deslize
mesmo em crise

Ver as horas
pra ir embora
medidas
de sair é fora

Fuga
formação urbana de guerrilha artística

Canhão de luz
induz
cantos escuros
Cuidados
ao pular os muros


Corre
você vai ver
corre
você vai sobreviver
e viver



MonoTelha

Partidão





Partidos em pedaços
desunidos e iludidos
Fazendo leis
tratando todos como bebês


Partidos são tiros
antiautonomia
todos os dias

partidos e suas leis
todas pró burgues
Privilégios de esquerda
banquetes de direita

Partidos todos iguais
somam injustiças sociais

Partidos um monte de lixos
pedaços quebradiços
como cacos de vidro
nos pés do povo
Estes precisando de um sapato novo
pisando forte
nas ideias-pescoço
desse bando de tolos


MonoTelha

Mistério Público



Ministério público
mistério da justiça
Aliança com os ricos
desavença aos pobres

Férias
aos bem nutridos

Lavagem
aos esfomeados

Cadeias abertas
Estado controlando
Escolas fechadas
Estado mandando

Crimes lúdicos
brinquedos da barbárie
instituições governamentais

Sem escola e hospital
com todo aval
em edital

Falta de educação
pra não ler
nenhuma linha
de piada da constituição

Falta de sáude
pra nem viver
No leito largado
logo morrer

Salários extratosféricos
aos ricos

Salários miseráveis
aos pobres

Tudo permitido
segundo a lei


Sinistro ministério
anti publico
Mistério injusto
fácil de desvendar
Cheios de grandes custos
mantidos pelos impostos
feitos em cima
de nossas costas
já tortas




MonoTelha

Neo nazi sionista





Sionismo
quem diria
neo nazi judeu
O que deu nesse povo
parece que enlouqueceu

Campo de concentração
perece ser essa a situação
para os palestinos
seus irmãos
Como foi para eles
em outra geração


Sionismo
causa irritação
em judeus conscientes
que dizem não

Realmente
tem gente demente
em Israel
Deveriam ir
para o Pinel





MonoTelha

O último passeio





Caminho ao abismo existencial
de cabeça baixa
em cada passo
eu ardo
meu fardo pesado
vai se arrastando

Nenhum direito humano
protege dos danos
Vou andando
tendo nos olhos
apenas prantos
desanimado
mas empurrado
pela enorme
fila humana
Vivendo numa ilha
cercada de esgoto
por todos os lados

Nenhum antidepressivo
retira essa vala
nem a porrada na cara
daquela criança
já nova
sem esperança

Vou seguindo
indo ao perigo
eletrecutação na multidão
sociedade em choque
com suas próprias
nojentas ordens

destruindo a si

Caminhando ao abismo existencial
O último passo
e a morte





MonoTelha

terça-feira, 7 de abril de 2009

Produto do meio



A arte estava
tipo viva
Agora de aparência
nociva se mostra
mera capitalista

Não é mais obra
apenas um produto
mero reduto
de lucro


Os verdes do campo
estão marrons empoeirados
mudados de tons

De azul céu
agora um
cinza cortina

Escuros prédios
no entorno
um tremendo borro

Antes paisagem natural
agora apenas
um lugar artificial

A arte como espelho
não mais graciedades
só trastes toscos
e poucos

Arte por toda parte
perdendo em desgaste
por um mundo
em que a peste
se reflete
falta de qualidade
de arte

igual
na humanidade




MonoTelha

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Tecnolatria delirante




Preciso apertar
um monte de botão
computador celular
portão televisão

Ficar perdido
tecnologia letargia
pedaço do meu
corpo
se não sou tipo
morto absorto

No mundo moderno
inventei deus robo

Ser perfeito para trazer
todo o dever fazer
sem esquecer
do que é preciso
eu mesmo dizer


Amor para a máquina
carinhos no circuito
afinal é preciso
carícia elétrica
emocionantes bites

Deus máquina
o ser supremo
de botões legais
todos digitais

Silêncio corpo
barriga para de reclamar
deus acaba de apitar
Nesse altar tecnológico
tenho de lhe escutar




MonoTelha

On the road



Não querem
ferrovias
apenas autopistas
Só carro andar
dane-se
se poluir o ar

Pra variar
o que vale
é lucrar

Não importa se destruir
a indústria tem que progredir
Transamazonica
e pistas em São paulo
ao sul
ao norte
Pedágios altos
Manutenção
da dominação
usurpa legal
polui total

Coletivo
não permitido
Trem não se tem
obdecer os contratos
fodam se os estragos
andem de carros




MonoTelha

Prisão domicialiar





Meu mundo uma prisão
seguranças e grades
por todas as partes

Almofadas de ouro
piscinas e quadras
desconfortáveis

Condomínio de luxo
vários andares
de exclusões particulares

Pássaros na gaiola
canto preso
trancafiado
Longe do mundo
isolado ilhado
Bem tratado
ser desamparado
deprimido rico

Dinheiro não compra liberdade
Nenhum contato
com a realidade
sem felicidade
vivendo a parte




MonoTelha

Punk





Eu não tinha mais nada
meus bolsos furados
miséria por todos os lados

Andando nas ruas
com coturnos destroçados

Sem saúde pai ou mãe
desempregado embriagado
querendo mais um trago
Completamente viciado
doido e virado

Sem casa
com o corpo molhado
esfomeado desidratado

Só mesmo o punk
rolé drunk
pra eu continuar
a aguentar
essa merda
rolar

Olhando o beco
que é a vida moderna
nessa péssima esfera
funesta espera
do fim de todo dia
do fim de vida


Agora se organizando
criando literaturas
músicas e casas estruturadas
pode se poder algo fazer



Sem mais as instituições idiotas

escolas de bosta

Estados homicídas

Sociedades fálidas

Militeres e líderes hierárquicos vomitados agora



O punk enquanto movimento
de ação e contestação
faz respirar
e ter ódio
para continuar
e gritar





MonoTelha

Dia de visita





O dia vai amanhecer
eu gosto tanto de você
ai na cadeia fria
deve estar difícil viver

Para o sistema
lhe transformar
em preso
para lucrar
e te matar

Um estado e sociedade
que obrigou
um bandido
você ser
Aquele que ningúem
quer ver
alimentar uma família
pra ela não morrer
Dizer que tem chances
para todos
é mentira e ilusão

Liga não
amanhã são eles no chão

Nesse triste dia
visita passageira
Eu me preparo
para achar normal
injustiça social

Vou no trânsito
pensando em você
A liberdade
para se ter
de como
tu obter



MonoTelha

Negra pantera




Olho meus filhos
doces crianças
já na rua
ter de apanhar

Racismo policial
cotidiano no bairro
a nos torturar

A cor da pele
na viatura
é o breque

O chamando
de assaltante
e pivete
por estar
vendendo chiclete

Olho meus filhos
machucados
fico todo revoltado

Maldito Estado
tem de ser derrubado
Quando me organizo
Black Panter
revolução
se for preciso
até armas na mão

Mas não meus filhos
presos no camburão
Somente livres
em qualquer
direção



MonoTelha

Áfrikaos









A riqueza da Europa
no enorme castelo
erguido de destruição

África agoniza
devastada
de coisas roubadas

Povo assassinado
entregue sucateado

Europa devastação
da África tomada
civilização atacada
multi escravisada
Europa larápia

Colonização
podre domínação
saqueando
sequestrando

Matando irmão
sangue jogado
pra construir
desolação

África devastação
um grande leão
belo e morto
jogado
no chão





MonoTelha

sábado, 4 de abril de 2009

Depósitos nucleares





Lixo nuclear
em depósitos
inseguramente
guardados

Podendo vazar
por todos
os lados do mundo

Guardar rejeitos
fácéis de vazar
os lençóis freáticos
contaminar

Todas as cidades
próximas
inóspitas

Toda vida acabando

A catástrofe nuclear
por muitos anos
irradiar


A pequeno prazo
parece válido
a opção nuclear
mas no longo
momento
só tormentos

Cidades abandonar
pra nunca mais voltar

Nas planíces da terra
no fundo do mar
eis ai
a contaminação
nuclear


MonoTelha

Workshop da escassez





Oficina cultural
do desperdício
com todos
os indícios
para depois
tudo faltar

A matéria prima
se acaba

Fontes esgotáveis
se dissipam

Uma grande miséria
a zelar todo lugar

Um vazio
enorme dos recursos
na aula visualizar

A carência pra todos
ai esta

Nos continentes
nada vai sobrar
e aqui nesse curso
vai essa info levar

Desprezo a água
somente suja
é o que há

Para orgulhosamente
saber como se banhar
e no esgoto
a sede
estacionar



MonoTelha

Carcinógenos

Produtos químicos
em meus dutos
veias e sangue
contaminados
de
metais pesados

Pra comer e beber
num anti viver
no pró morrer
Sem poder
escolher

Apenas os químicos
a preencher
e percorrer
todo o afazer
em todos os momentos
até no meu lazer
me trazer
o químico
pra precocemente
envelhecer

Pra com câncer
conviver
e dolorasamente
morrrer




MonoTelha

Colégio público


Estudo público
esmola escolar
num pseudo educar

Nenhuma pessoa
aprenderá
domínio histórico
discriminatório
Pobres não podem
ingressar
na sociedade participar
Somente no reformatório
adentrar

Conhecimento nulo
desprendimento
realidade deturpada
para todas as idades

Povão
massa de exclusão
Não pode haver
revolução
só querem
que tu vá
para a prisão

Cheirando cola
nada de escola


Tem mais Skol
do que escola

Escola não nota
não passa
não vê
o governo
dar pra você
esmola
em vez de escola





MonoTelha

Dizimar






Tem que dar
dízimo
pra deus
não dizimar

Nossa cabeça
não cortar
e o pastor
de iate
poder passear

Deus é dez
então
tem que dar
para o pastor
sem reclamar
dez porcento
do salário
pra ele montar
um mansão
em cima
de sua ilusão

Tem que dar
dízimo
a sacola vai passar

Olhe o outro
a colocar

Olhe o outro
a te olhar

ver se tu
vai colocar

Olha o dízimo
que você
tem que dá
sem reclamar

Só se ajoelhar
pra alguém
te roubar

Olhe lá
o seu dinheiro
indo embora
que você acaba
de dar

Vamos lá otário
você tem que ajudar
para o pastor
milionário ficar





MonoTelha

Monstrânsito





Monstroristas
por todos os lados
até nas calçadas tiram espaço
 atrapalham a via do ir e vir

Invadem gritam xingam

Monstros ariscos
selvagens modernos

Monstrorista
vai com o carro
passar em cima
da gente
tirando sarro

Monstrorista
na pista mata
uma pegada de tirano
apregoada a roda

Na estrada te esmaga
numa carona sem volta
álcool  na boca
corpos no chão

Monstrorista te mata
 fere o coração
não possui cérebro


Não te salva
só passa e ri
monstrorista
que está cheio
por ai




MonoTelha

Bolsa de armas






Armas para atirar
indústria bélica
vem dançar

As crianças nas ruas
a se perfurar
Como uma bateria
tocar
o som bate bate
toda hora rola
um barulho no caixa
a lucrar

Mais mortes
mais diversão
Contribui ação
cotação da bolsa
investida
Novos mercados
abertos
para futuros incertos


Armas para matar
nas ruas
em qualquer um
atirar

Pá pá pá

Bala perdida
de endereço certo
Sempre bem perto

Armas para atirar
na sua cara
em qualquer lugar




MonoTelha

Tabela de cédulas da lojinha





Tá tudo barato
compra no ato
tabela cédula

Lojinha animal objeto

Um leva
beija flor
pra engaiolar

Nota de dois
uma tartaruga
para cozinhar

Nota de cinco
uma garça
vai assar

Lojinha animal objeto

Na de dez
uma arara
pra espancar
e fazer um colar

A de vinte
um macaco
pra escravisar

Na grande promoção
uma onça pintada
na entrada do prédio
como tapete
nota de cinquenta



Por fim
cédula de cem
um peixinho
fritar
na conversa
de como massacrar
no comprar

Lojinha animal objeto

É o governo organizando
suas comprinhas

Pra você ser humano
desumano
a tabela
esta no ar
Já pode o animal
tabelado
comprar





MonoTelha

Direitos humanos





Direito de não ter direitos
nada ganha no aniversário
 pode comer seu próprio osso
trabalha ai pior que escravo

Conta gotas para sua sede
somente obedece
a polícia pra te matar
 hospital enterra gratuitamente

Direito de calar a boca
 nada de educação
apenas o choque elétrico
todo carinho no sexo
beleza da coisa esmagada

Direito a ser
espancado na tortura
as cãmeras de Tv
 humilhando no filme de ação
tirania estupra mamãe

Direito de ir e vir
no carro algemado
soco no seu velho pai
sujo sem banho

Direito a ter a mente
corrompida e destruída
pelo laboratório belicista

Direito de morrer
sem memória
nome apagado da luta
expulso da história

Ser um número esquecido
 nada mais
apenas o que se vai
embora jogado no lixo
adeus o bicho