Vivendo num mundo perdido
sem vida e destruido
sucateado desprezado
com as espécies extintas
que são frutos de nossa lida
Nos é dado um espelho
e é tocada a ferida
dizendo que estamos
todos de saída
por nós mesmos
se expulsarmos
de toda maravilha
da vida bonita
que matamos sem parar
que ferimos sem exitar
Na enorme maldade
gerada pela crueldade
da falta de amar
Não deveria se reclamar
do poetizar com o lixo
que somos nós mesmos humanos
que tudo fizemos
Nos confins de leitos
antes de dormir
no pensar dos feitos
percebemos
que somos assassinos
de tudo e de nós mesmos
Botamos a cabeça no lugar
e vemos onde o mundo
foi parar
Tempos difíceis
os nossos
Enquanto durarem
esses sinistros tempos
deveremos aguentar
sem muito dengo
o grande auto tormento
que como abraços e beijos
enamorados antes de dormir
vieram para ficar
até a espécie acabar
MonoTelha
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