Caminho ao abismo existencial
de cabeça baixa
em cada passo
eu ardo
meu fardo pesado
vai se arrastando
Nenhum direito humano
protege dos danos
Vou andando
tendo nos olhos
apenas prantos
desanimado
mas empurrado
pela enorme
fila humana
Vivendo numa ilha
cercada de esgoto
por todos os lados
Nenhum antidepressivo
retira essa vala
nem a porrada na cara
daquela criança
já nova
sem esperança
Vou seguindo
indo ao perigo
eletrecutação na multidão
sociedade em choque
com suas próprias
nojentas ordens
destruindo a si
Caminhando ao abismo existencial
O último passo
e a morte
MonoTelha
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