Obra Literária - MonoTelha - Rio de Janeiro - BRA$IL - TERCEIRO MUNDO - Poesia contemporânea com viés realista onde o eu-lírico adentra várias problemáticas existenciais. Uma busca de transformação e evolução através de evitar tragédias humanas e ambientais. Inúmeras visões recheadas de imaginação sobres sérias questões tanto globais quanto individuais. Gritos enlameados com a poética da lanterna dos afogados, um pedido de socorro através das letras ao mundo.
sábado, 25 de abril de 2009
Kaos com K
Cientistas anti existência
Certos cientistas
fazem tudo errado
Mandando o mundo
para o abismo
Tirando o equilíbrio
dos trilhos
Cientistas nucleares
criando armas
para mandar tudo
pelos ares
Cientistas militaristas
pestes genocídas
Cientistas criando doenças
vendendo sentenças
covas mundiais
anti existenciais
Muitos cientista$
são animais irracionais
debimentais
Ciência mal utilizada
usada em larga escala
atrás de pensamentos
de governos em ação
para armamentos
deixando tudo em remendos
A vida repulsa tremendo
Certos cientistas
não tem noção
de um dia no laboratório
e no mundo
tudo acabar
numa enorme explosão
Racismo humano
Racismo preconceito
ismo principal do meio social
Negros
apenas nas capas
do noticiário policial
Brancos
cem por cento
nas revistas de estilo de vida
Negros
ganhando muita dura da polícia
Somente branco
respetável cidadão
Negro somente
humilhado torturado
Lamentável situação
Tão podre quanto
o racismo
dos negros para brancos
igual podre total
Racismo histórico
econômico e social
Desigualdade
nos quatro cantos da cidade
Alarme se há rebelião
querem todos mortos
se existe inconformismo
Racismo eixo principal
do mundo desigual
pronto para explodir
e ninguém mais existir
Tempos difíceis
Vivendo num mundo perdido
sem vida e destruido
sucateado desprezado
com as espécies extintas
que são frutos de nossa lida
Nos é dado um espelho
e é tocada a ferida
dizendo que estamos
todos de saída
por nós mesmos
se expulsarmos
de toda maravilha
da vida bonita
que matamos sem parar
que ferimos sem exitar
Na enorme maldade
gerada pela crueldade
da falta de amar
Não deveria se reclamar
do poetizar com o lixo
que somos nós mesmos humanos
que tudo fizemos
Nos confins de leitos
antes de dormir
no pensar dos feitos
percebemos
que somos assassinos
de tudo e de nós mesmos
Botamos a cabeça no lugar
e vemos onde o mundo
foi parar
Tempos difíceis
os nossos
Enquanto durarem
esses sinistros tempos
deveremos aguentar
sem muito dengo
o grande auto tormento
que como abraços e beijos
enamorados antes de dormir
vieram para ficar
até a espécie acabar
A aula
Na aula li sobre a guerra
era um texto de história
de uma triste memória
sobre uma época
onde a imbecilidade
predominava
Onde a tirania acabava
com a vida
Sobre uma guerra
em uma esfera
longe daqui
De uma espécie
que entrou em extinção
de seres humanos
que se arruinaram
em uma burra destruição
Na escola em aula de história
que chorei ao ler . . .
Na escola do meu planeta
Miséria final
A fome tem fome
Não há comida
apenas uma ração
cara é vendida
A sede tem sede
Não há água
apenas garrafas
poucas e caras
Não há plantações
que supram
as multidões
Não há nascentes
que tirem a sede
das populações
E a guerra estoura
seca e esfomeada
que não para
a corrida
pela comida
pela água
que não se têm
Já se acaba
numa enorme
verdadeira miséria
que por todos
os lados se espalha
Esporte na morte
Peixes fedidos boiando
que se esbarram
no velejar sincronizado
em esgoto in-natura
da Baía de Guanabara
Seres com a genética modificada
multi contaminada
regada aos metais pesados
por todos os lados
das indústrias e sujeiras
que atacam a vida
Esta aberta a temporada
dos esportes olímpicos
na merda do lixo
com mortes de bichos
Valas de esgoto
para pular
no salto com vara
Venha participar
das várias modalidades
para se dar mal
Traga sua máscara
e proteção total
Quem sabe ganhar
uma taça de destroços
no meio de tantos
seres mortos
Música hipnótica
Música controlada
Jaba rádio censura
tem que falar
só de amar
Tem que ser
comercial
Vender para os animais
ideias todas iguais
Massa de manobra
sons hipnóticos
em mensagens subliminares
para na cabeça entrar
junto com trastes
qualquer coisa aceitar
Música controladora
formando bonecos
marionetizados governados
Fás robóticos
dançando na boca
do moedor de carne
cada corpo que cai
faz barulho
na caixa registradora
no açougue musical
do cenário mundial
Progresso Capital
Revolução industrial
progresso humano animal
morrer a vida virar máquina
destruir pra subir
em um pisar no outro
Liberdade capital
o mais forte
submeter
o mais fraco
pra ter poder
e dizer como
na vida tem que morrer
para mais lucro se ter
e até a máquina obedecer
Apanhar do relógio
ponteiros do imundo inteiro
respirar a fumaça
triunfo econômico
em ruínas do planeta
Conseguir na cidade
sobreviver ou morrer
pra fazer uma minoria
de dois porcento
ter tudo no planeta
pro umbigo encher
e acharem tudo lindo
Serem inimigos do resto do mundo
vendendo e arrasando
destruindo tudo
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Neo merda
Governos neonazistas
todos fascistas
matando gente
Hierarquia homicída
Bancando o superior
comportamento inferior
Sendo um lixo
mundialmente reconhecido
Armas a todo vapor
imbecilidade nacional
irracional valor
destruidor amargo
Ditadura do rancor
que quer pisar mais
em quem não for da pátria
Dar novo campo concentrador
matar trucidar
com potência nuclear
Devasta o mundo
pra poder roubar
o que sobrar
Piadas série luxo
Piada da constituição
que nenhum governante
vai para a prisão
Se não hover hospital
mesmo matando cidadãos
ganham é previlégios
de montão
Ah, e pra descontentes
do povão ganham
o código penal em ação !
Piada da constituição
nenhum governante
dar educação
pelo contrário
fechar escola
e enviar geral no camburão
fechar escola
e abrir cadeia hiperlotada
e aplicar código penal reclusão
ganhando é dinheiro
de montão
Tudo garantido
pela piada da constituição
Já nas livrarias e melhores bancas
a piada da cosntituição
e pro povão
o código penal em ação!
Férias iluminadas
Dicas de lazer
passeio pelo campo
todo minado
com vista
para a cova rasa
apreciar
a montanha
de mortos
Atração turística
deformações genéticas
atômicas
Fotografias como
imagem de pintura
de guernica
Poses gratuitas
ao lado
de crianças anencéfalas
aniamais colados
Terreno iradiado
momento iluminado
alta radioatividade
Passeio com roupas
bonitas e laranjas
especial da moda
para uma voltinha
sabor raios gama
Pacote de férias
traga sua família
Venha se contaminar
Vagas abertas
para liquidador atômico
com todo conforto
Venham logo homens
S P
quinta-feira, 23 de abril de 2009
1984
Big brother
grande bosta televisional
achar o máximo
vigiar e punir
Rir de si
Policiar e condenar
Reproduzir
o que vê na Tv
na rua
no trabalho
na cama
Big boçal burguês
Feliz programa
no controle da cabeça
apoio da máfia dominante
controle da mente
tornando seres
em dementes
Fazer o povo querer
refazer
por uns instantes
o que chefes de estado
fazem com geral
Lavagem cerebral
Eterna coturnada
na cara
1984
realidade
global
Infeliz ano velho
Um ano novo
pra esquecer
o do passado
Do que foi roubado
De quem foi assassinado
Um carnaval
pra se embreagar
pro ano começar
e alienar
Depois um monte de datas
blá blá blá
pra você comemorar
e gastar
Um dia do soldado
pra acreditar
que é bom marchar
Um aniversário
pra mais perto da morte
ficar
Num natal
festa cristã
Comer cadáver
ver a cruz
achar tudo luz
Fim do ano
começar
outro ano novo
e esquecer
de novo
que esta vivendo
tudo novamente
Dia do pagamento
Pagar a crise
pessoas livres
que não são
No seu obrigado
levantar
num mentiroso
bom dia
sem nada reclamar
Nem acredita
num algo de si
O alarme toca
e há obediência
A chibata come
e há elogio
ao patrão
A polícia mata
e há eleição
reeleita
O governo trucida
e há curativo
sendo vendido
Se não quiser mudar
e revolucionar
É só pagar com a vida
Basta acreditar
nisso aqui que está
escrito e que pode ser visto
ao vivo em tudo que é lugar
Fordismo Letal
No sistema
tudo é repetitivo
réles e podre
Sente-se seus odores
de carniça
que nele
dança
numa sinistra
música
de guinzos eletrônicos
auto-explosivos
Sistema humano
tudo que é
autoritário
fútil
e extintor
Sistema humano
no seu existir
que vai
se auto destruir
Idosos
em doenças sem nada receber
só ter mazelas nas pernas
e alguns centavos
pro remédio na sala de espera
No banco da praça se avalia
o que fez toda vida foi o trabalho
Nem um lugar do ônibus
se senta e descansa
é a chance de ser atropelado
Antes explorado
agora humilhação
o velho idoso
tratado como estorvo
sofrendo mais um pouco
Calorosa frieza humana
O frio da rua
no inverno
é o verdadeiro
inferno
na metrópole
Moradores de rua
moram nas dores
morrem de dores
Pobres, negros e brancos
retirantes que nada têm
Doentes e dementes
nenhum instante
de tranquilidade
crianças mulheres
homens e idosos
perseguidos
Alvos de neonazistas
atingidos
por playboys
homicídas
Frutos de políticas de governos
hecatombe planejada
No frio da humanidade
aquecem os seus corações
Dormem no relento
do carinho humano
Pessoas de rua
todas nuas
das oportunidades
em todas as partes
das cidades
A Dita Bela
Ditadura da beleza
ter a medida certa
e se entupir
com cosméticos
da nova era
Estética a todo custo
aumentar o busto
lipoaspiração e depilação
Ficar magra cadavérica
andar na esteira
comer só umas besteiras
Ficar no top
modelo de ser
mesmo feia
pra si
mas bonita
para os outros
Fazer plásticas
emagrecer
só água beber
talvez um dia
aparecer na Tv
Mas depois feia
apodrecer e morrer
O roubo
Não se pode viver
mas também
não se pode suicidar
Não é permitido se drogar
seu corpo não é seu
Não é permitido jogar
seu corpo não é seu
Não é admitido gay
nem música ouvir
ah e assim
não se pode vestir
Seu corpo não é seu
É deles
Se não fizer tudo certinho
igual um robozinho
de problema social
vão lhe chamar
Se tiver tatuagem
é errado
Se gostar de arte
é louco
E não é permitido ser
você enquanto ser
Tudo que você
quiser fazer
não vai poder
É proibido
pois
O seu corpo não é seu
o seu corpo
bem
o seu corpo
é deles
Luta Gay
fique fora da boa hora
está nas páginas do tempo
livre como vento
mas é vida vive a beleza todo dia
prova existencial do carinho na vida
inteligências
beijo delícia das vias
mas ganha união abraço total
Gay viva o ser
direito lindo liberdade no seio
batida de coração igual hétero
bicho do carinho caminho
Dívidas
Compre bem compre mais
Comprar para estragar
os eletrodomésticos
e se endividar
No crédito pessoal
adquirir finanças
e mais dívidas
Vida dividida
entre pagar
e se endividar
No consórcio do carro
pagar parcelas
mudar do coletivo
para o automóvel
e continuar
olhando pela janela
o engarrafamento
e novamente
endividado
Nas festas de fim de ano
comemorar e tudo gastar
só resta a sobra
e as contas
No fim da vida
um caixão paga
e se deita
como herança
para a família
e continua nessa vida
um monte de dividas
(Re) Jeitos humanos
Lixo no chão
lixo humano
dos manos
Lixo no bueiro
lixo no mundo inteiro
Dentro do mar
dentro do lar
Lixo atômico
irregular
Lixo quimico
nos rios a vazar
Lixo no ar
Lixo em tudo
que é lugar
Lixo na TV
Lixo em você
Lixo ser você
por nada fazer
Via miséria
Viaduto do governo
na parte rica da cidade
obra milionária
Pessoas com tudo
em cima carros de luxo
contudo
Pessoas sem nada
em baixo
com cantos cheios de lixo
seus pertences
Viaduto do de$vio
postes invisíveis
mantém a via
corrupta em dia
Viaduto da miséria
programa de habitação
barraco urbano
Viaduto imundo
da cidade imunda
Viaduto submundo
Meu mundo
Seu mundo
Em cima
ou embaixo
Nosso mundo
Música Suburbana
A revolta do rock
numa ação rasgada
em mente jazz
formando letras
composições
dos jovens
cheios de dor
Um mundo cheio
de Blues
Sentimento e batimento
hard core
Rap pra conscientizar
o protesto rolar
Para a história
dizer
seus ódios
suas vidas
suas perdas
Para todos os lados
para todas as esquinas
As músicas em ritmos
de seus corpos
sonoros destroços
do mundo
Da revolta
da mente
da ação
dos jovens
Fronteiras
Não é permitido
sair
e também
não se pode
entrar
Na fronteira o controle
vai te parar
Na guerra vai te deter
quer que você
fique pra ser detonado
Logo os amigos
todos unidos
vão para o outro lado
para não serem carimbados
mortos ou aprisionados
O único problema
(aeroporto bombardeado)
esta esmagada
minha linda
namorada
Um pedaço de mim
fica
na fronteira invisível
de um mundo
cheio de fins
Mac Doença
Mac donalds
vendendo
suas mac merdas
fábrica de balofos
enchendo o bolso
Mac morte
hecatombe animal
maior devastação global
tortura nos bichos
pra depois jogar no lixo
Mac floresta desmatada
destruição do meio ambiente
pecuária retardada
anti - salada
Mac dia infeliz
365 de contaminação
com um especial
de enganação total
Mac câncer
uma mordida
e uma Mac morte
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Final festival sexy extinction
Uma ogiva
atômica
de calcinha
com rendinhas
Sexy extinção
Sons melódicos de baterias
anti aéreas
Um mísssel
intercontinental
de smoking
azul real
Sexy extinção
Rítmicas metralhadoras
soando
Crianças cantoras
berrando de dor
Exércitos verdes
se trucidando
na floresta
Olha que festa
sexy extinção bombando
Rolando a noite inteira
Vai até de manhã
sem amanhã
O sinal
O sinal abriu
passa
o lixo tóxico
o rabecão da chacina
e a carrocinha anti bichos
O sinal fecha
passa
pedestre
sem perna
tiro de fuzil
Uma criança
cheirando cola
pedindo dólar
O sinal abre
Passa
monstrorista latrocída
polícia assassina
e gente do governo
genocída
O sinal fecha
e realmente
ninguém
passa
Simplismente
é só desgraça
Notícias do Front
Destruição da realidade
arde em chamas
na cidade que inflama
correria na agonia
Não há saída desse pesadelo
a vida se torna guimba em cinzeiro
O caos tomou conta
nada vai impedir
o ódio de existir
Barbárie na cidade
há muito sua cabeça
não vale nada
Destruição da realidade
não há vias
nem vidas poupadas
Só Carcaças
pessoas vivendo agora
como bois em touradas
Agora tudo que cai
são existências arruinadas
Terceira guerra mundial
miséria total
Vivos até quando
sem saber
somente se tem noção
é da pele arder
Garça Mutante
Os cuspes vomitos e merdas
esgotos das cidades
caldo de indústrias
lixos variados das ruas
são componentes da comida
mutante garça branca
Nenhuma lágrima
ela derrama
Neo urubu
amiga da barata
conhecida dos ratos
prima dos pombos
Menina forte
nas valas bem cedo
já tomando café da manhã
Parece não ligar
se suas penas brancas
ela sujar
Parece ser
de outro lugar
tipo um robô
da indústria
comprado pelo governo
Como instrumento de enganação
pra dizer que eles
estão a preservar
Garça mutante
suas penas
ainda vão brilar
Vão dizer
que é arte
Vão dizer
que é sorte
A garça mutante
de tanto
lixo ingerir
Ela ainda
vai nos engolir
$aúde Industrial S.A
Indústria farmacêutica
fábrica de doenças
efeitos colaterais
Lucros exorbitantes
anuais
com a desgraça
da galera
Na fila de espera
da melhora
que de fato
só piora
Pra mais caixas
comprar
todos os dias
se vicia
destrói sua vida
A indústria farmacêutica
quer você
te vende
pro seu corpo pseudo viver
e eles só enriquecerem
e no fim
você
(devido eles)
morrer
Mundo louco sóbrio contemporâneo
Não se pode + perder
nenhum segundo
do relógio do mundo
A crise econômica
do sentir
A fome de beber
Nem a sede do comer
Estamos indo
pro supermercado
pra ele nos furtar
Na especulação imobiliária
nos vamos morar
Chupar balas de AR-15
no Cosme Damião
E num enorme lixão
nossa saúde com o doutor
vamos consultar
Quando tudo parecer
sem sentido
vamos vomitar o almoço
pra janta rolar
Mundo louco sóbrio contemporâneo
Não se pode + perder
nenhum momento
desses horríveis
dias de sofrimento
Na cadeia se liberta
No enorme tédio se anima
Num enorme engarrafamento
de autos querer correr
E quando tudo parecer
sem o mínimo sentido
Vamos amar
o odiar
Se separar
de quem se queria
junto estar
Muitas balas de AR-15
se chupar
se rasgar
e finalmente
no tiroteio
se matar
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Bancagiota
Bancos agiotas
e suas financeiras
Design de geladeira
frio coração
capitalismo em ação
Bancos e juros
deixando pobres duros
sem futuro
Para os ricos
uma bela conta
pra viver armado
e cheio de insegurança
com suas posses
e heranças
Frigorífico de pessoas
liberdades credoras
Dever a vida
pagar com a sepultura
Eis um mundo
vivendo em tortura
Bancos ladrões
de pessoas
todos numa boa
matando gente a toa
Alarme de fuga
É preciso correr
no toque de recolher
temos que se esconder
Fuga
formação urbana de guerrilha artística
Sobrevive resiste
organize sem deslize
mesmo em crise
Ver as horas
pra ir embora
medidas
de sair é fora
Fuga
formação urbana de guerrilha artística
Canhão de luz
induz
cantos escuros
Cuidados
ao pular os muros
Corre
você vai ver
corre
você vai sobreviver
e viver
Partidão
Partidos em pedaços
desunidos e iludidos
Fazendo leis
tratando todos como bebês
Partidos são tiros
antiautonomia
todos os dias
partidos e suas leis
todas pró burgues
Privilégios de esquerda
banquetes de direita
Partidos todos iguais
somam injustiças sociais
Partidos um monte de lixos
pedaços quebradiços
como cacos de vidro
nos pés do povo
Estes precisando de um sapato novo
pisando forte
nas ideias-pescoço
desse bando de tolos
Mistério Público
Ministério público
mistério da justiça
Aliança com os ricos
desavença aos pobres
Férias
aos bem nutridos
Lavagem
aos esfomeados
Cadeias abertas
Estado controlando
Escolas fechadas
Estado mandando
Crimes lúdicos
brinquedos da barbárie
instituições governamentais
Sem escola e hospital
com todo aval
em edital
Falta de educação
pra não ler
nenhuma linha
de piada da constituição
Falta de sáude
pra nem viver
No leito largado
logo morrer
Salários extratosféricos
aos ricos
Salários miseráveis
aos pobres
Tudo permitido
segundo a lei
Sinistro ministério
anti publico
Mistério injusto
fácil de desvendar
Cheios de grandes custos
mantidos pelos impostos
feitos em cima
de nossas costas
já tortas
Neo nazi sionista
Sionismo
quem diria
neo nazi judeu
O que deu nesse povo
parece que enlouqueceu
Campo de concentração
perece ser essa a situação
para os palestinos
seus irmãos
Como foi para eles
em outra geração
Sionismo
causa irritação
em judeus conscientes
que dizem não
Realmente
tem gente demente
em Israel
Deveriam ir
para o Pinel
O último passeio
Caminho ao abismo existencial
de cabeça baixa
em cada passo
eu ardo
meu fardo pesado
vai se arrastando
Nenhum direito humano
protege dos danos
Vou andando
tendo nos olhos
apenas prantos
desanimado
mas empurrado
pela enorme
fila humana
Vivendo numa ilha
cercada de esgoto
por todos os lados
Nenhum antidepressivo
retira essa vala
nem a porrada na cara
daquela criança
já nova
sem esperança
Vou seguindo
indo ao perigo
eletrecutação na multidão
sociedade em choque
com suas próprias
nojentas ordens
Caminhando ao abismo existencial
O último passo
e a morte
terça-feira, 7 de abril de 2009
Produto do meio
A arte estava
tipo viva
Agora de aparência
nociva se mostra
mera capitalista
Não é mais obra
apenas um produto
mero reduto
de lucro
Os verdes do campo
estão marrons empoeirados
mudados de tons
De azul céu
agora um
cinza cortina
Escuros prédios
no entorno
um tremendo borro
Antes paisagem natural
agora apenas
um lugar artificial
A arte como espelho
não mais graciedades
só trastes toscos
e poucos
Arte por toda parte
perdendo em desgaste
por um mundo
em que a peste
se reflete
falta de qualidade
de arte
igual
na humanidade
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Tecnolatria delirante
Preciso apertar
um monte de botão
computador celular
portão televisão
Ficar perdido
tecnologia letargia
pedaço do meu
corpo
se não sou tipo
morto absorto
No mundo moderno
inventei deus robo
Ser perfeito para trazer
todo o dever fazer
sem esquecer
do que é preciso
eu mesmo dizer
Amor para a máquina
carinhos no circuito
afinal é preciso
carícia elétrica
emocionantes bites
Deus máquina
o ser supremo
de botões legais
todos digitais
Silêncio corpo
barriga para de reclamar
deus acaba de apitar
Nesse altar tecnológico
tenho de lhe escutar
On the road
Não querem
ferrovias
apenas autopistas
Só carro andar
dane-se
se poluir o ar
Pra variar
o que vale
é lucrar
Não importa se destruir
a indústria tem que progredir
Transamazonica
e pistas em São paulo
ao sul
ao norte
Pedágios altos
Manutenção
da dominação
usurpa legal
polui total
Coletivo
não permitido
Trem não se tem
obdecer os contratos
fodam se os estragos
andem de carros
Prisão domicialiar
Meu mundo uma prisão
seguranças e grades
por todas as partes
Almofadas de ouro
piscinas e quadras
desconfortáveis
Condomínio de luxo
vários andares
de exclusões particulares
Pássaros na gaiola
canto preso
trancafiado
Longe do mundo
isolado ilhado
Bem tratado
ser desamparado
deprimido rico
Dinheiro não compra liberdade
Nenhum contato
com a realidade
sem felicidade
vivendo a parte
Punk
Eu não tinha mais nada
meus bolsos furados
miséria por todos os lados
Andando nas ruas
com coturnos destroçados
Sem saúde pai ou mãe
desempregado embriagado
querendo mais um trago
Completamente viciado
doido e virado
Sem casa
com o corpo molhado
esfomeado desidratado
Só mesmo o punk
rolé drunk
pra eu continuar
a aguentar
essa merda
rolar
Olhando o beco
que é a vida moderna
nessa péssima esfera
funesta espera
do fim de todo dia
do fim de vida
Agora se organizando
criando literaturas
músicas e casas estruturadas
pode se poder algo fazer
Sem mais as instituições idiotas
escolas de bosta
Estados homicídas
Sociedades fálidas
Militeres e líderes hierárquicos vomitados agora
O punk enquanto movimento
de ação e contestação
faz respirar
e ter ódio
para continuar
e gritar
Dia de visita
O dia vai amanhecer
eu gosto tanto de você
ai na cadeia fria
deve estar difícil viver
Para o sistema
lhe transformar
em preso
para lucrar
e te matar
Um estado e sociedade
que obrigou
um bandido
você ser
Aquele que ningúem
quer ver
alimentar uma família
pra ela não morrer
Dizer que tem chances
para todos
é mentira e ilusão
Liga não
amanhã são eles no chão
Nesse triste dia
visita passageira
Eu me preparo
para achar normal
injustiça social
Vou no trânsito
pensando em você
A liberdade
para se ter
de como
tu obter
Negra pantera
Olho meus filhos
doces crianças
já na rua
ter de apanhar
Racismo policial
cotidiano no bairro
a nos torturar
A cor da pele
na viatura
é o breque
O chamando
de assaltante
e pivete
por estar
vendendo chiclete
Olho meus filhos
machucados
fico todo revoltado
Maldito Estado
tem de ser derrubado
Quando me organizo
Black Panter
revolução
se for preciso
até armas na mão
Mas não meus filhos
presos no camburão
Somente livres
em qualquer
direção
Áfrikaos
A riqueza da Europa
no enorme castelo
erguido de destruição
África agoniza
devastada
de coisas roubadas
Povo assassinado
entregue sucateado
Europa devastação
da África tomada
civilização atacada
multi escravisada
Europa larápia
Colonização
podre domínação
saqueando
sequestrando
Matando irmão
sangue jogado
pra construir
desolação
África devastação
um grande leão
belo e morto
jogado
no chão
sábado, 4 de abril de 2009
Depósitos nucleares
Lixo nuclear
em depósitos
inseguramente
guardados
Podendo vazar
por todos
os lados do mundo
Guardar rejeitos
fácéis de vazar
os lençóis freáticos
contaminar
Todas as cidades
próximas
inóspitas
Toda vida acabando
A catástrofe nuclear
por muitos anos
irradiar
A pequeno prazo
parece válido
a opção nuclear
mas no longo
momento
só tormentos
Cidades abandonar
pra nunca mais voltar
Nas planíces da terra
no fundo do mar
eis ai
a contaminação
nuclear
Workshop da escassez
Oficina cultural
do desperdício
com todos
os indícios
para depois
tudo faltar
A matéria prima
se acaba
Fontes esgotáveis
se dissipam
Uma grande miséria
a zelar todo lugar
Um vazio
enorme dos recursos
na aula visualizar
A carência pra todos
ai esta
Nos continentes
nada vai sobrar
e aqui nesse curso
vai essa info levar
Desprezo a água
somente suja
é o que há
Para orgulhosamente
saber como se banhar
e no esgoto
a sede
estacionar
Carcinógenos
Produtos químicos
em meus dutos
veias e sangue
contaminados
de
metais pesados
Pra comer e beber
num anti viver
no pró morrer
Sem poder
escolher
Apenas os químicos
a preencher
e percorrer
todo o afazer
em todos os momentos
até no meu lazer
me trazer
o químico
pra precocemente
envelhecer
Pra com câncer
conviver
e dolorasamente
morrrer
Colégio público
Estudo público
esmola escolar
num pseudo educar
Nenhuma pessoa
aprenderá
domínio histórico
discriminatório
Pobres não podem
ingressar
na sociedade participar
Somente no reformatório
adentrar
Conhecimento nulo
desprendimento
realidade deturpada
para todas as idades
Povão
massa de exclusão
Não pode haver
revolução
só querem
que tu vá
para a prisão
Cheirando cola
nada de escola
Tem mais Skol
do que escola
Escola não nota
não passa
não vê
o governo
dar pra você
esmola
em vez de escola
Dizimar
Tem que dar
dízimo
pra deus
não dizimar
Nossa cabeça
não cortar
e o pastor
de iate
poder passear
Deus é dez
então
tem que dar
para o pastor
sem reclamar
dez porcento
do salário
pra ele montar
um mansão
em cima
de sua ilusão
Tem que dar
dízimo
a sacola vai passar
Olhe o outro
a colocar
Olhe o outro
a te olhar
ver se tu
vai colocar
Olha o dízimo
que você
tem que dá
sem reclamar
Só se ajoelhar
pra alguém
te roubar
Olhe lá
o seu dinheiro
indo embora
que você acaba
de dar
Vamos lá otário
você tem que ajudar
para o pastor
milionário ficar
Monstrânsito
Bolsa de armas
Armas para atirar
indústria bélica
vem dançar
As crianças nas ruas
a se perfurar
Como uma bateria
tocar
o som bate bate
toda hora rola
um barulho no caixa
a lucrar
Mais mortes
mais diversão
Contribui ação
cotação da bolsa
investida
Novos mercados
abertos
para futuros incertos
Armas para matar
nas ruas
em qualquer um
atirar
Pá pá pá
Bala perdida
de endereço certo
Sempre bem perto
Armas para atirar
na sua cara
em qualquer lugar
Tabela de cédulas da lojinha
Tá tudo barato
compra no ato
tabela cédula
Lojinha animal objeto
Um leva
beija flor
pra engaiolar
Nota de dois
uma tartaruga
para cozinhar
Nota de cinco
uma garça
vai assar
Lojinha animal objeto
Na de dez
uma arara
pra espancar
e fazer um colar
A de vinte
um macaco
pra escravisar
Na grande promoção
uma onça pintada
na entrada do prédio
como tapete
nota de cinquenta
Por fim
cédula de cem
um peixinho
fritar
na conversa
de como massacrar
no comprar
Lojinha animal objeto
É o governo organizando
suas comprinhas
Pra você ser humano
desumano
a tabela
esta no ar
Já pode o animal
tabelado
comprar