Pessoas pobres
trabalham sem cessar
para alimentos e outras coisas
por uns segundos
em suas vidas passarem
Enquanto isso
no meio do centro financeiro
burgueses no ano inteiro
marcam férias eternas
fretam jatinhos
comem caviar
numa exploraração e poluição
sem parar
O submisso e o autoritário
são dois cadáveres
que precisam apodrecer
para que nos seus túmulos
possam germinar
lindas plantas
com seus brotos
nascer e brilhar
a nova vida
Para a razão
enfim flores abrirem
Pessoas livres sentindo
perfumes públicos
voando gratuitamente
de nariz em nariz
Com a chuva da justiça
fazer as plantas
árvores e flores
para o alto trilhar
Num desses galhos
o pássaro da liberdade
enfim poder
pousar
MonoTelha