Minha vida segue perdida
me chamo Aflito da Silva
paciente da sala de desespero
ilhado em medo
chorando os danos
ausente de quem amo
tornando tudo sub-humano
esquecido no abismo
Meu rosto branco do pavor
ilustra uma identidade frágil idiota
atendido pelo número de novo mendigo
ser inútil e depressivo
indivíduo vencido
O abandono numa praça mental em um banco
sento o cérebro doendo no cimento pouco
meu corpo pedindo para deixar a ida
agonia me vacila em má triste cina
o chamado s.o.s perigo para a vida
pensamento suicida
alarme no fim da linha
chance de auto carnificina
fio de navalha que me varra
minha morte farta
Sozinho no precipício institucional
carimbado em azedo e amargo
que valho vasto nada
me apago no desamparo
choro sem socorro