Seguindo perdido no frio
inimigo de si o eu sozinho mendigo
se arrasta cidadão da urbana sucata
limpa com lenço do poema à zero hora
um choro cai rasgando como navalha
fatiando a cara
até o coração que se apaga
vida que escangalha
vida que escangalha
Em sua cama suicida de agonia
deita o pesadelo onírico vivo
viés sonho despedaçado
desgraça amarga
a vida bastarda
grita sua alma
Cabeça no travesseiro sarjeta
cobertor felpudo de tristeza
solidão sempre solidária
evidência do vazio e o nada
um sono de lágrimas
solidão sempre solidária
evidência do vazio e o nada
um sono de lágrimas
sonhando impossível sorriso
proibido ser vivo
proibido ser vivo
A cidade é seu precipício
afoga a cama
queda aberta
morte paralela
a vida ali sozinha se encerra
antes era bela
agora triste e velha
já era
afoga a cama
queda aberta
morte paralela
a vida ali sozinha se encerra
antes era bela
agora triste e velha
já era
Nenhum comentário:
Postar um comentário