O caminho sem trilho
percorrido pelo indivíduo
se abastece de perigo
ele vive o sozinho
vazio ferido
trem descarrilado
trem descarrilado
Ah gelo humano
percorre teu sabor
faz do sublime vinho
apenas azedo veneno
Seu trajeto
é pago com lágrima
a dor confere o preço
somente segue o ir
dando dinheiro ao rico
a isso chamam de trabalho
dizem justo o privilégio
e a paz de espírito
o lixo dado ao corpo
o lixo dado ao corpo
O indivíduo está sozinho
percorre seu coração arranhado
munição e alvo
tudo é a si
egoísmo sem fim
tudo é a si
egoísmo sem fim
O vigiam
ele coloca seu espantalho para viver
últimos créditos fichas e centavos
máquina de moer carne
querer a todo custo engolir
últimos créditos fichas e centavos
máquina de moer carne
querer a todo custo engolir
O caçam
ele dança nos escombros do mundo
finge o que pode para que não olhem
este peso nas costas disfarça
fugitivo apenas por estar vivo
O machucam
ele aprende novas coisas sobre o corpo
dores e cortes profundos
água vermelha que vai
alívio vêm e a vida que sai
Não há novidades nessa noite
apenas uma nova cama
leitura do passado
reação do futuro
sobrevivência
Uma cidade pulsando como vírus antigo
humanidade por toda parte
sintomas da doença social
mas o menino busca madrugadas
esquinas escuras e o resto de floresta
o caminho solitário
seus sacos e trapos
planta o caos
Há panelas
vegetal e água
é a casa
única que lhe ama e guarda
Esquenta um chá ao frio do coração
leva comida para barriga vazia
deita sua solidão ao relento
faz amor com a terra
no sono o sonho azul
não acorda
e assim feliz
e assim feliz
dorme para sempre
cara... fiquei quieto e sozinho aqui... entendi o esquema e tudo o mais.
ResponderExcluirtudo esfriou em volta, ao som do bleach que tu mesmo me compartilhou.
Sozinhos estamos juntos.