Sofrendo sem sentido
respirando um ar pesado
impuro
Idiotice cretina
desejando parar a dor
mas continua-se a provocar
a falta de ar
Fumando os tragos
de poluição
por simples
opção
requerida
aceita
Não adianta mudar
ir para outro lugar
é tudo igual
as mesmas coisas
sem sentido
Sofrendo sem sentido
Os olhos estão a arder
na nova Tv
que é o pc
uma tele-tela
do livro 1984
que sabe de tudo
o que você diz
onde anda
o que faz
e com quem fala
Crinaças tocam a ferida
que são agora instrumentos
e passam neles
um veneno
O choro de desgosto
do sabor do almoço
sem tempo
sofrendo sem sentido
Persistindo no erro
saltando sem para-quedas
caindo de um abismo
com letreiros
sem entender o que tá escrito
numa queda rápida
e trágica
Sofrendo sem sentido
Um perigo
Bob pede um pedaço
mas não há trago
uma miragem
uma ilusão
Sofrendo sem sentindo
mas tudo
é provocado
parece até bem querido
o perigo
Mamãe disse
nascer e viver
reproduzir e morrer
não ligue para isso
assista a tv
trabalhe
receba salário
não ligue para a dor
sofra sua solidão
Papai disse
seja forte
caminhe com piso forte
não ligue para a morte
beba mais
vá ao norte
Sofrendo sem sentido
mas tudo isso
que eu te digo
é apenas o ridículo
literatura humana
escrita para todos
e para ninguém
Beijando a solidão
perdendo todos os irmãos
as namoradas foram embora
ficar pra lá
o emprego furou o dedo
o patrão matou o sonho
mas tudo é tipo defendido
Eu aceito por continuar vivo
querer me embriagar
com a realidade
Sofrendo sem sentindo
mas tudo
é provocado
parece até bem querido
o perigo
MonoTeLha
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