terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Perdido



Agora me perco
não me acho
estou largado
jogado às traças
na esquina do presente com futuro

Larguei tudo
desisti
desse horrível fim de mundo

Vou indo sem abrigo
pelas ruas seguindo
Como esgoto que se vai

Corpo
descarrilhado
dos trilhos


Caminho sem volta
ao torto
ao norte
na praia poluída

Ver destroços
desse mundo
de mortos

Navios que bóiam
como fezes
Fazendo a vida
como algo reles
Petróleo no mar entregue


Apenas caio na areia
multi contaminada
não levanto
não mais
nunca mais


MonoTeLha

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