Cada passo na corda bamba
centímetro por pedacinho
a torcida para a queda
grita pela miséria
Cada hora dos dias
com o pedaço de coração
arrancado e de resto amargo
vazio de algo meigo externo
vai assim indo
Quietinho nas alturas
abismo é perigo
de ir daqui até o ali
Mexo devagar os pés
pelas ruas vazias
madrugada cheia de solidão
suspiro para não enlouquecer
Sem família
vivo numa ilha urbana
cercada de indiferença
por todos os lados
Amigos desaparecidos
não há namoro
amor
nem vagas de pensão
emprego ou estudo
As estradas são as linhas
vias de corda bamba
sujas e frias
molhadas de lágrimas
Quase tudo vazio sentido
dentro do batimento cardíaco
só uma vontade de ir embora
dessa rua chamada vida
Sigo
passo no piso
frio e duro
Dentro do Eu existe
coração de pedra acimentada
suburbano pedaço de carne
arrancado e de resto amargo
vazio de algo meigo externo
vai assim indo
Quietinho nas alturas
abismo é perigo
de ir daqui até o ali
Mexo devagar os pés
pelas ruas vazias
madrugada cheia de solidão
suspiro para não enlouquecer
Sem família
vivo numa ilha urbana
cercada de indiferença
por todos os lados
Amigos desaparecidos
não há namoro
amor
nem vagas de pensão
emprego ou estudo
As estradas são as linhas
vias de corda bamba
sujas e frias
molhadas de lágrimas
Quase tudo vazio sentido
dentro do batimento cardíaco
só uma vontade de ir embora
dessa rua chamada vida
Sigo
passo no piso
frio e duro
Dentro do Eu existe
coração de pedra acimentada
suburbano pedaço de carne
Nele há uma caverna
com um pequeno fogo
onde mendigos se aquecem
sendo uns dos outros
todos queridos
Muito boa a poesia!!
ResponderExcluirTodos na mesma batcaverna.
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