domingo, 4 de novembro de 2012

Pesadelo




Indo dormir
malas prontas para terra dos pesadelos
plantados na agonia dos fatos
sementes doloridas do cotidiano 

A solidão do dia
causa um onírico plano de vazio
um deserto do sentir

Corre e não sai do lugar

o chão se abre em um buraco desespero
moços ruins lhe espancam
próximo da agressão diurna sofrida
moças  cospem na cara
amigos viram inimigos
a comida é apenas fezes

Suor frio noturno molha a si

como lágrimas caídas antes

Animal cavalo em coice no sono

chibatada que trabalha 
 horror dormido do terror acordado

A mente em labirinto para fuga

uma falta de solução no problema de matemática
repetir de ano escolar mil vezes
todo o trabalho apenas escravo
a vida carregada de ser formiga
jamais artista

Não há saída

pesadelo dele e dela
para o aqui e lá
dormindo ou acordado
apenas o pesadelo profundo
segue seu rasgo





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