o martelo do juiz sem justiça
mortes em cápsulas de munições
Amargo gosto da derrota
inglória gente caída e do lado de fora
que lutava para a vida melhorar
Luto pelos pobres povos
os bichos tratados como lixos
os vivos cada vez mais mortos
Rastejando diante das riquezas
a miséria pede sua passagem
custo do transporte pra ir embora
Os meninos de rua imunda
mundanos desumanizados
marginais com fome de tudo
As meninas grávidas de problemas
nove longos meses de incerteza
vidas inteiras de pura certa tristeza
As dores dos corpos multiplicados
doenças por todos os lados sem amparos
remédios só as mortes atuais
A máquina de ganhar dinheiro
sempre só para quem já tudo tem
para sempre os detentores do poder
Luto pelos cantos
na poesias e nas músicas
em pinturas e nos rostos
Luto de todas as cores
em todas as melaninas
todas as esquinas e culturas
MonoTeLha
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