abismo do mundo moderno
balançando as pernas cansadas
de tantas voltas dadas pela vida
sem nada que alimente a barriga
A mente fica nas pessoas passadas
caixinha de surpresas feias
a despedida forçada
a queda da alegria
o coração se torna frio
e o corpo triste
Todas as coisas erradas do mundo
batem na porta da frente
são marretadas que machucam
Levanto a cabeça da depressão
vejo o cinza da cidade que entra forte
a respiração pesa igual caminhão
sinto arder por dentro a morte
Não tenho o que esperar
só queria que tudo acaba se
que a vida fosse embora
sem tanta dor gratuita
serviços públicos de merda
gente morrendo pela guerra
Ah maldita estadia na vida
problemática e vazia
problemas subindo pelo bueiro
pela sarjeta vejo o caldo
transbordando pelo mundo
Vou me afogando
sem sair do lugar
a vida sem mudança
vai indo virar toda uma ferida
com moscas em cima
rindo da patética vida
MonoTeLha
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