Arrasto paredes das ruas
rosto em cansaço no cimento
concreto levo a face arranhando
um chão de favela ensanguentada
existindo no perigo
tanto faz agora
sozinho sumido sorriso
seguir sentido beco sem saída
tiroteio é endereço
assim me perco
a dança chamada cidade
prisão ala central
a casa custódia tristeza
Vivo sufoco
grito do socorro povo
virando uma música fúnebre
desespero precipício
dormindo na beira da morte
engolindo remédio velho
sono caindo
dentro do pesadelo
afundar sem demora
farto do amargo
Proibido se proteger sentir medo
o pleno desespero
plácido solitário na multidão
agonia todo o dia
para noites de febre alada em gaiola
sofrimento coletivo e frio
lâmina de fatiar esperança
vida sabor ferro velho
Lotação máxima de vazios
superpopulação crescente
doenças trogloditas mentais
espancando esperanças
corre sangue suicídio
saindo por todos os lados
para noites de febre alada em gaiola
sofrimento coletivo e frio
lâmina de fatiar esperança
vida sabor ferro velho
Lotação máxima de vazios
superpopulação crescente
doenças trogloditas mentais
espancando esperanças
corre sangue suicídio
saindo por todos os lados
poros e furos
cortes de si
cortes de si
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