terça-feira, 6 de maio de 2014

Garganta de Lamina







Febre flor em chá
sempre tarde
noite doença delira 
danço palavra
agonia gripe
dona dores vêm toda
sexo morte

Remédio mais sintoma
 hospital  destruir saúde
fila pedinte ala infectada
limpeza nota zero prova de ciências
caminho corredor lodo invisível
governos atacam o nós

Lixo ano novo
loucura e pesar
balança de carne 
suor frio

Quente temperatura
forno pessoal
ódio frio lá fora
dentro afeto
dor

Febre alucinação
ônibus batida
parada vento sujo
a nova praia banha
estamos doentes
não adianta você fingir
hora do lanche estragado
café de lama
sorriso perigo

Identidade crucificada
querem me prender na cruz
33 anos bons de inventar Cristo
quero ser apenas um ateu
sem visita sofrimento
endereço para a pessoa
querem que abra e coma
o coração dolorido 
poeta 

Socorro febre
pede menos chá do fel
onda ressaca de dor 
desespero largo
 caneta tinta sangue
dedo cortado
viva poesia









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