Não sei o que é
nessa rua apagada
se é amor
ou ódio puro
um inimigo
ou amigo
mas vou seguindo
abrindo o caminho
A rua apagada
é vida pós moderna
volta como pré história
Somos eremitas do passado
sem as velas
Somos seres urbanos
sem as lanternas
Nesse meio dia
quarenta e cinco graus
valoriza a máquina
e não o animal
Há satélites lá em cima
e internet aqui em baixo
Não há como saber
qual empresa vai matar
e o governo a sua lei
na veia do corpo
envenenar no pacote
Parece tudo vendido
para o tio sam
ou um dos chineses
talvez para o europeu
Não há como saber
quem o quer abraçar
sem nas muitas latas do lixo
criar para sua vida um anexo
Segue o caminho
para casa ou precipício
as placas empurram
nessas ruas imundas
oh cheiro no ar de ilusão
Sopra um vento frio
de alta tecnologia
damos abraços para esquentar
em salas de bate papos
altamente virtuais
Ai a gente se despede
andando pela rua apagada
sem saber quem somos
MonoTeLha
lindo e muita verdade no que escreveu... verdade ilusória.
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