Dentro do cansaço pouso dor
não se pode sentar
em pé apenas espero
diante do vento ausente dinheiro
vastos dias eternos sem dormir o sonho
ao passo iminente pesadelo
é o ponto de ônibus da sala desespero
estação loucura vida
caminho ao vazio
Machucado do correr
sei que atletismo chagas
perversa linha de chegada
profissão que me forçam
choro uns objetos inúteis em bagunça
a ilusória organização central
uma comida digestão triste descontrole
grana gramado proibido
uma casa plaquinha
Conjunto da entrega total
carinho embrulhado com afeto
visita corpo menina em poesia
livro grito escrito poema
amor sentimento e carne sem medo
amigo companheiro mesmo no abismo
artigos tidos invisíveis
doação e afeto especial
agora visto caixa com lixo
fora do dia
descarte
Acordo cego para olhar
é cedo e sedante
a tela fria o gemido eletrônico
a novidade é quando não ver
logo fique mal sempre
inocência proibida e besta
apanha pela rua
ontem e hoje
futuro nulo de jaula e muro
deseja a violência
nua que anda pela rua
grita ao meu ouvido não pinico
fezes de falas frias
fúteis víboras
Cansaço no ponto
ônibus costura cicatriz
adentro coletivo
a vida em virus vai
baixada depressiva
processo crime creme lucro público
proibida viva inocência
nossas tristezas de famílias
não pagam caro aluguel
possuem casas próprias
vidas agora vielas
becos sem saída
Endereços do transporte
vias cortes antigos pela boca
costas também em dor
soco rua murro
um subúrbio das sensações
faz perna hernia tremer
cabeça pesa quase suicídio
pensa no antigo quarto escuro esquina
o eco em dor cama depósito
tristeza e solidão namoradas
Uma lágrima de ácido sulfúrico
cai para dentro
percorre corpo lodo
acerta tolo
solitário coração
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