A leitura dos feitos começa
a veste que resta do tempo é perda
estamos nus nos problemas
tiram nossas roupas e direitos
Nos machucam o corpo
nos mandam embora
pulam em cima e proíbem falar
A dor e sofrimento fecha dezembro
essa agonia é para todos
ninguém a quis mas ela está ai
Eu me defendi do outro
mas causei fatalidade e ausência
eu preferia dele ter me dado a surra novamente
dessa falta de amizade sem respeito
que nutria pela minha pessoa
vazio de carinho eis a doença humana
Não suporto os falsos dos dias
pseudo super heróis que não voam
os livradores que me querem preso
os amigos que me tratam como inimigo
Cada gota de veneno perdida
no canto do ralo da boca
oh frieza horrível das palavras
Terminamos o namoro loira
perdemos o trabalho preto
vomitamos na cidade branco
Ano perdido numa ilha deserta
ah mundo fora do trilho
o curso é frio está fixo no coração
o homem fica mendigo
a mulher vai parir uma fome
a visão da fumaça não é filosofia
tratamos de descobrir no agora
puramente ela é poluição mesmo
Discutimos política de meia titica
não fazemos nada e gostamos do vazio
truques banais para comer comida do lixo
lances espetaculares para beber
água suja de boteco fétido com rock
Uma flor bonita eu vi
foi a única coisa bela do ano
eu senti o seu perfume
mas não sei se ela vive
Vi perigos
amigos doentes
perdas de casas
culturas de atrasos
Uma notícia de mentira no jornal pra se limpar
de uma comida feita em mídia
manipulada para ser ruim
A tristeza no coração editada de verdade
o ano acabou com muita da vida
Talvez o ano não acabe mais
seja assim para os restos
dessas migalhas de vidas
Pobres e tristes
meninas e meninos
choramos o gênero
um espetáculo de horror
essas nossas vidas
( Com dor no coração, Monotelha )
Força, meu querido.
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