quarta-feira, 23 de julho de 2014

Palestina








Entre soluços e lágrimas
bombas caem em pequenos corações
corpos vermelhinhos magoados
banhos de sangue cheiro de bebê
crianças mortas
tristezas vivas 
 governos decidem fins feios
fatos finados fúteis pútridos
horrível lágrima da paz proibida
pombinhas brancas na gaiola
cometem o azul suicídio



Arrogância humana na munição
atira em todos nós
o mundo em guerra
ataques de pânico nos milésimos por segundo
avanços no atear fogo
crimes de guerra
leva e lesa 
jogo de chute bola letal
brincadeira arrancada
belas flores que esmagam


Tanque bélico da maldade
inúteis pedras voam
caem no abismo
junto das lágrimas





sábado, 19 de julho de 2014

Queda









Crise global cinza quente
picolé de esgoto derretido
horror açúcar infantil
sacola plástica almoço de baleia
guerra mundial coca cola estragada
aids capitalismo gratuito
és o oh do ah sem oxigenio

Entupindo artérias com gordura agonia
carrinho de bate bate engarrafado tráfego
coração cidade cérebro bombardeado
ideias impedidas choram em becos
apanham do dinheiro verde
árvores cortadas queimam com petróleo
sorrisos de caixa registradora


Solitários morrem no cotidiano açougue 
tristes na via vazia esquisita
corredor automático para o nada
sentenciados culpados pelo crime de inocência
crime laboratório lucrativo colorido
luzes de penitenciaria loja da moda


Horror patético sabor anilina
conservantes para pesadelos
gripe voadora
tristeza azul


Gritos de socorro chutados
coturno estatal pisando eternamente
uma humanidade faliu frio
estamos em navio afundando
somos o avião que cai
 



    

   

terça-feira, 15 de julho de 2014

Inverno

 
 
 
 
 
 
 
 
Andando sozinho
labirinto território mental
caminho acabado
eis o abalo
cabeça cansada
corpo pouco
beira de abismo
navalha na mente
 
 
Uma vala de esperança
corre esgoto em céu aberto
olho as nuvens doloridas
fumaça líquida do desafeto
carinhosa poluição
abraça forte
 
 
Tristeza casaco
nosso frio fiel
pobreza osso
 olho ferido
saúde doente cor cinza
alegre sorriso suicida