quarta-feira, 3 de julho de 2013

Julgamento






Acordar com olhos afogados
gordurosas lágrimas de pesadelo real
uma monarquia reinante de desespero
sem salva vidas nem remédio
algo da ditadura de prole adoentada
ergue ao ponto que cai em gotas a esperança

Vida hernia triunfante do hospital assassino
vírus e bactérias sorridentes de infecção
saúde governamental
coloca a queda na bolsa de valores
sacola de restos da vida desvalorizada
arremessa na montanha o lixo dolorido
o mito do ser vivo
sociedade precipício

Aniversário do feitio febre indivíduo
horrível perigo adulto como fumaça de fumo
violência jornal pra limpar a bunda suja
mentira religião dinheiro mídia ilusão
arrogância de espancar garotas ou rapazes ganhando títulos
libertários anarquistas livres
sendo que o veneno 
repete apenas a sociedade que diz combater
balela política bala de munição da paz

Cobra a vida que morde
serpente social da pobreza
trabalho e salário desempregado do altruísmo
manifesta fome e sede africana
apanhando calado em censura

És o julgamento
o pacífico que vira artigo selvagem punível
sendo agora o antigo agressor como bom moço
quem conhece a história pessoal chora das lágrimas
famílias arrasadas e grunhindos pelas ruas
processo criminal da legítima defesa proibida
segue pisando a promotoria

Livro escrito com sangue cinza
desliza com todas nossas lágrimas
literatura de folhas dos olhos ardidos
linhas tentativas de suicídio
os anos passam poesias repetidas

A realidade a tudo parte
corações fatiados retos 
espada fria e amarga 
separa pedaços da carne de açougue 
prateleiras das lojas destruídas

O inocente se caso condenado
em carne existe seu último dano
todos os aniversários em um só
vômito alcoólico da solidão
almoço comida com navalha e sal
última ceia atéia desgraça
mas a liberdade siga até que se mate

Mundo perverso obrigatório
gratuito horrível berçário industrial inimigo
tempo não mais querido
ralé dos segundo horas e minutos
soluços doloridos na síndrome do pânico
tremem no balanço do torto caminho
depressivo indivíduo

A dor por todos os lados
dano cerebral permanente
pontos de ônibus do sofrimento
tecido emocional rasgado
famílias assim feridas
indo ao ponto final

O bicho perseguido por ser livre
motivo de ter se defendido
cadeia cemitério sistema vivo da morte

Infelicidade o fim decidido
sozinho ali o novo mendigo da alegria
caminho ao abismo no suicídio de ser vivo
 agonia quase desligável
pouquíssimas moedas para sorrir
copa d'água suja ou pão duro

Bata o martelo
aprisione ou liberte
mas a dor está livre
casada com sofrimento
noite eterna de núpcias
lua de fel