O Cinema

Atenção todos em seus acentos
pra ir longe os olhares
desliguem seus celulares

Som Imagem Literatura

Siga o corredor para o horror
desse filme amador ou profissional

Ação sem luzes ou sabedorias
nas câmeras de vigilância
filmando a propriedade
atriz principal lei mundial

Cinema mudo e cinema tato
realidade incendiada
Novos prédios na cidade levantada
Vernissage película dos olhos de vidro
produção pirata cópias baratas
Filmes de paladares com fomes reais
digestivos anti-sociais

O cinema traz a cena
da vida como tema

Comédia com sexo num drama sem ficção
desanimação infantil africana

Ilusão cinematográfica européia e das américas

Outros países e regiões

também em cartaz

Uma tela que inflama
Roteiro luz câmera
Curta a trilha sonora

The end

Atrizes atores e público
Favor dirijam-se para a saída
Cada um em sua cova

Eis que o filme
se dá por acabar

MonoTelha

Livrai

Livros que livram
outros que prendem
Avalanche de letras
montes de palavras

Lendo livros
aparecendo lugares
vozes pessoas
que nunca vi

Lares livros
vários andares
A mente subterrânea
os arranha céus de sentidos
arrastam pensamentos

Livros lindos de capa
feios de desgraça
Outros lidos
lindos por dentro
jogados no chão
da mente leitora
Lugares
Livros são lugares
outros ares
Voe , leia !

MonoTelha

J u $ t i ç a

Justiça cega e lerda
pra uns
rápida e observadora
para outro$

Na balança
o tato é comprado
no peso maior
Atua ( atriz )
pelo que tem mais

Justiça
leis feitas
por quem tem poder
Compra manto preto caro

( Estudos )

Golpe de Estado
é mais barato
pra quem tem
´´Ju$tiça``

Justiça prostitue
pobre$
para julgar
Se não der grana
ela prende
miseráveis de liberdade

Ju$tiça foi comprar
caviar
Pra quando cagar
nos pratos
os pobres alimentar

MonoTelha

Batidas

Na batida do coração
há um acidente
Gostar já vai ficando
longe

Na batida do cérebro
há um incidente
pensar já vai ficando
perto

Na batida da música
há um sol ardente
os gritos vão ficando
frequentes

Nas batidas sempre presente
coração cérebro música

Eu me bato
sinto
penso
danço

você .

MonoTelha

Lenvantando

O fim das coisas
nas fronteiras de si
em diplomacias desfeitas
secretas das senhas

Vontade do vazio
nos cabos da internet
conexão duvidosa
do nada com apatia

Dito pessoa objeto destruido
Pensamentos que não param
O Eu que não para
e a vontade de continuar

O lugar labirinto
as voltas em círculos
Todos perdidos
Na prateleira e luz forte
Na rua e com luz de poste

Viro um brinquedo

A sargeta é o que há
nessa estrada da realidade

O lugar labirinto
as voltas em retas
Todos perdidos
Na prateleira e luz forte
Na rua e luz de poste

Viro um fantasma

Dito pessoa objeto largado
Pensamentos que não param
O Eu que não para
e a vontade de continuar

A sargeta é o que há
Nessa estrada da realidade
Sem nenhuma chance de continuar

Só resta Lutar .

MonoTelha

O coletivo - Poesia

Próxima estação Barra pesada

Observar atentamente o vão

Entre a alucinação e a realidade

Lembrando as leis criam o tráfico

Desejamos a todos
uma boa viagem !


Próxima estação Barra da Tijuca

Observar atentamente o vão

Entre os ricos e os pobres

Lembrando a riqueza de poucos
é a miséria de muitos

Desejamos a todos
uma boa viagem !


Próxima estação Fim de mundo

Observar atentamente o vão

Entre a extinção e a ecologia

Lembrando o abismo existencial
Não admite retorno

Desejamos a todos
uma boa viagem !

MonoTelha

Planejamento Mundial

Miséria, fome, sede, lixo, corrupção, submissão, governos, hecatombes, acidentes nucleares, terremotos, vazamentos, despejos químicos, analfabetismo, chacinas, monotonia, obediência civil, tirania, burguesia, partidos políticos, religiôes, burocracia, extinções, doenças, capitalismo, líderes, egoísmo, detenção, vícios, intoxicação alimentar, mentiras, sexismo, machismo, femismo, ebola, câncer, aids, hepatite C, persuasão televisiva, alienação, deturpação, infecção hospitalar, comércio, oligarquias, sionismo, aristocracia, lucro, exploração, abandono escolar, presidentes, desvio de recursos, toque de recolher, militarismo, ditadura, opressão, usurpação, depressão, indústria tabagista, indústria farmáceutica, catarro, impostos, servidão, hierarquia, homofobia, racismo, bairrismo, calamidade, carceragem, pús, desgraça, imbecilidade, bancos, agiotagem, fingimento, atrocidades, perda da memória, desgaste físico e mental, artificialidade alimentar, armamentos, soldados mortos, esgoto, favelas, prédios, contaminação do solo, superaquecimento global, economia, pandemia, angústia, superpopulação, solidão, máquinas, liberdade-vigiada, paz-armada, carnificina cancerígena, dívida-externa, dívida-interna, especulação, imobiliária, fascismo, países, nacionalismo, guerras mundiais, patriotismo, nazismo, colonialismo, prisões, pobreza, alucinação gratuita, propaganda eleitoral, eleições assassinas, imperialismo, estupro, consumismo, invações militares, civis mortos, submarinos nucleares, ogivas atômicas perdidas nos oceanos, destruição do meio ambiente, mortalidade infantil, descaso bloco econômico dos países ricos, fronteiras, ricos, desperdicio, inquisição, censura e censores, usinas nucleares, lixo radiaotivo, inundações, vazamento radioativo, desertos, poder, pretenção, aniquilação, vaidade, imundíce, desmatamento de florestas, móveis e casas de madeira, sacrifício indústrializado de animais, queimadas, burrice, preconceitos, ameaças de bombas nucleares, armas químicas, exércitos de paz armados para matar,hipocresias,muros, cercas, humanidade escravocrata, desrespeito, maldade, ambição, desinformação, domínio, negligência mútua, redes de televisão, humilhação, dependência finaceira, roubo, Estado, ausência de sanidade, violência gratuita, farsas, crianças no total abandono, insensatez, despotismo . . .

Sinônimos de extinção da vida.

Famílias assassinas de famílias .

Escravidão, terrorismo estatal, absurdo ilógico.

Destruição de grupos revolucionários pelos poderes reacionários sem a insurgência popular .

Grupos reacionários fantasiados de revolucionários .

Persistência errônea, incerteza, impontualidade implícita imponderável, impureza, repulsa a clareza, inativa luta contra o erro, inaptidão existencial . . .

Civilização apodrecida por si mesma, cada lugar um caso.

Lembranças do que não existe mais, tristeza, medo, dúvidas sofrimentos, gritos de dor, desespero, cobranças do que não se pode fazer, total indiferença ao alheio, módulos de destruição em massa. . .

Morte lenta. . .

Caminho ao abismo existencial

Morte rápida . . .
Morte trágica . . .

Ausências de chances.

Multiplicação de todas as doenças e o fim pior do que se imaginava por tentar persistir nessa ojeriza.

Proprietários de seu fim, apodreçam em tudo que fizeram nessas ancestralidades.

Tombem em sua lixeira.

Vocês que não quiseram saber de seus erros só souberam ser essa merda de comida desperdiçada.

Caia cada um porcaria existente humana.



Sejam vindos a extinção
que podia não ter sido
agora !

MonoTeLha